Bem-Estar Corporativo

Contratação PJ: vantagens e dicas de gestão para sua empresa

Última alteração 7 de nov. de 2024
Tempo de leitura: 7 minutos
A contratação PJ pode ser vantajosa para a empresa e para o colaborador. Confira dicas para garantir o engajamento e o bem-estar da equipe nesse modelo.

O mercado de trabalho é bastante dinâmico, e novas tendências estão sempre surgindo no universo das relações empregatícias. Uma delas é a chamada contratação PJ, um regime de trabalho em que as empresas contratam profissionais não como pessoas físicas, mas sim como pessoas jurídicas.

Essa prática ganhou força no mundo corporativo porque oferece algumas vantagens, tanto para o colaborador quanto para a empresa contratante. Mas é preciso atenção com a contratação PJ, para não infringir nenhuma regra da legislação, garantir o bem-estar desses colaboradores e estimular sua integração ao grupo. Afinal, quem é PJ também faz parte da equipe!

Se você ou sua empresa se interessa por esse assunto, entenda melhor o que é PJ, conheça as principais vantagens desse modelo de trabalho e descubra a importância de investir na qualidade de vida e no engajamento do colaborador com esse tipo de contratação.

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O que é PJ?

A sigla PJ significa pessoa jurídica, ou seja, trata-se de uma entidade legal, e não de um indivíduo (que, no caso, seria uma pessoa física). Embora pareça básica, essa distinção é importante, pois, segundo o Código Civil, existem diferenças cruciais entre os dois perfis.

De forma resumida, uma pessoa física é um indivíduo ou uma “pessoa natural”, com personalidade civil, que possui um CPF (Cadastro de Pessoas Físicas), enquanto uma pessoa jurídica pode ser uma instituição, organização, fundação, associação ou empresa, identificada por um CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica).

Uma pessoa física tem direitos e deveres diferentes de uma pessoa jurídica e no universo do trabalho, isso pode fazer toda a diferença. Afinal, contratar um trabalhador individual é totalmente diferente de contratar uma empresa: no primeiro modelo, existe um vínculo empregatício entre uma empresa e uma pessoa. No segundo, há uma relação de prestação de serviços entre duas organizações.

Por conta dessas diferenças, muitas pessoas que trabalhavam como pessoas físicas optam por abrir uma empresa individual para poder atuar no mercado de trabalho como PJ. Isso acontece porque, dependendo do contexto, a contratação como pessoa jurídica pode ser vantajosa, tanto para quem contrata quanto para quem presta o serviço.

Uma pessoa física pode obter uma personalidade jurídica de algumas formas. Hoje em dia, uma das mais conhecidas é através do programa MEI (Microempreendedor Individual), mas também existem outras estruturas empresariais compostas por uma única pessoa física, como:

  • EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada)
  • EI (Empresa Individual)
  • SLU (Sociedade Limitada Unipessoal)

Para entender um pouco melhor as vantagens de trabalhar como PJ, vamos analisar os prós e contras dos dois regimes de contratação.

Contratação PJ x CLT: as principais diferenças

As leis que organizam as relações empregatícias tradicionais no Brasil estão compiladas na CLT, a Consolidação das Leis de Trabalho. Elas abrangem o regime de contratação mais convencional no país, chamado de “carteira assinada”, com uma série de direitos e deveres das empresas e dos trabalhadores nesse formato, bem como diversos benefícios trabalhistas previstos em lei.

No modelo de contratação PJ, é quase tudo diferente: trata-se de um contrato de prestação de serviço entre duas empresas – mesmo que a empresa prestadora seja, às vezes, formada por apenas uma pessoa. Observe as principais características de cada regime de trabalho:

CLT x PJ.png

Vantagens e desvantagens da contratação PJ

Como deu para notar pela tabela acima, a contratação PJ representa uma simplificação da relação de trabalho. Além disso, essa modalidade costuma gerar uma certa economia para a empresa contratante e rendimentos mais elevados para quem presta o serviço.

Isso acontece porque, em uma contratação PJ, não é preciso recolher todos os encargos trabalhistas devidos, que elevam bastante o custo mensal da empresa, para manter um colaborador em regime CLT. Essa economia é ótima para a contratante, que ganha um fôlego financeiro, assim como para quem é contratado. Na maioria das vezes, a remuneração como PJ é maior que a de um trabalhador CLT, já que a empresa pode repassar o que economizou nos encargos em forma de salários mais elevados.

Mas, claro, é preciso olhar para o outro lado da moeda: apesar de ser um modelo de trabalho mais simples e financeiramente atrativo para empresas e prestadores de serviço, esse regime de contratação não prevê quaisquer direitos trabalhistas ou vínculos empregatícios. Quem trabalha como PJ precisa fazer suas próprias contribuições para fins de aposentadoria, por exemplo, além de tomar medidas preventivas como contratar um plano de saúde e guardar dinheiro para tirar férias, já que não tem direito a qualquer descanso semanal remunerado ou demais benefícios previstos pela CLT.

Guia definitivo de Recursos Humanos

Como gerenciar equipes em regime PJ

Existem prós e contras em cada modelo de contratação, e fica claro que cada caso é um caso. Nesse sentido, cabe ao departamento de Recursos Humanos fazer uma análise detalhada para entender qual regime de trabalho é o ideal para seu negócio, ou até mesmo para vagas específicas dentro da organização.

Apesar das vantagens do modelo PJ, existem alguns cuidados e dicas importantes para uma gestão de pessoas eficiente e produtiva nesse formato de prestação de serviço.

  1. Legislação

Se você contratar pessoas como PJ para integrar sua força de trabalho, não poderá tratá-las como se fossem trabalhadores em regime CLT. Segundo a lei, essa prática – chamada de “pejotização” – pode gerar problemas para sua empresa. Se a Justiça do Trabalho entender que todas as características empregatícias de um colaborador CLT estiverem presentes na rotina de trabalho de um colaborador PJ, isso pode levar a uma punição para a organização.

  1. Engajamento

Além dos cuidados legais, você também precisa se atentar ao modo como seus colaboradores PJ enxergam seu papel na empresa. Em muitos casos, a contratação como prestadores de serviço pode fazer com que essas pessoas não se sintam, efetivamente, membros da equipe, e isso pode levar a situações de falta de engajamento ou baixo senso de pertencimento. Procure investir em atividades de team building para estimular o espírito de equipe e deixar claro que todos fazem parte do time, independente de seu tipo de contratação.

  1. Qualidade de vida

Como colaboradores PJ não têm direito aos benefícios trabalhistas garantidos por lei, como aposentadoria e férias remuneradas, é comum que muitas dessas pessoas avancem nos horários de expediente ou deixem de ter períodos de descanso, descuidando de sua qualidade de vida no trabalho. Além disso, muitos profissionais PJ se atrapalham na hora de gerenciar seus recolhimentos ou planos de aposentadoria privada, e isso pode levar a um descontrole financeiro no futuro.

Você pode criar um ambiente de trabalho psicologicamente seguro e saudável para seu time de colaboradores PJ com algumas atitudes simples. Tudo começa com um bom pacote de benefícios corporativos, que pode compensar a falta de direitos trabalhistas com diferentes recursos adicionais focados na qualidade de vida integral dos membros da equipe. É possível incluir em seu programa uma política de folga remunerada, oferecer treinamentos de educação financeira para ajudar os PJs do time a cuidarem de seu futuro e criar um programa de bem-estar corporativo que estimule a prática de exercícios e uma rotina de cuidados pessoais.

Invista no bem-estar dos seus colaboradores PJ

Não importa se você gerencia equipes formadas por colaboradores PJ, CLT ou uma mistura das duas modalidades. Oferecer os recursos necessários para que seu time possa cuidar da sua saúde física e mental é essencial para estimular o bem-estar no trabalho e gerar os melhores resultados para todos, dentro e fora do horário comercial.

Quando as pessoas sentem que a empresa se preocupa com um ambiente de trabalho saudável e positivo, são inspiradas a dar o seu melhor e os resultados aparecem. O contrário também é verdadeiro: 87% dos profissionais afirmam que deixariam uma empresa que não valoriza seu bem-estar. E isso pode impactar a atração e retenção de talentos em sua organização, além de colaborar para diminuir o turnover na empresa.

Uma força de trabalho qualificada, engajada e disposta a produzir em alto nível pode se transformar em um grande diferencial para seu negócio no mercado. Investir nisso passa por um bom programa de bem-estar, que oferece os mais diversos recursos para que as pessoas possam cuidar do seu corpo e da sua mente. Com o Wellhub, sua equipe tem acesso a academias, estúdios e aplicativos voltados para qualidade de vida que ajudarão seus colaboradores a atingir todo seu potencial pessoal e profissional. Converse com um de nossos especialistas em bem-estar e saiba mais.

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Wellhub Editorial Team

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