Bem-Estar Corporativo

Do microgerenciamento a uma autêntica liderança

Última alteração 1 de ago. de 2024

Líderes altamente comprometidos podem impulsionar uma empresa em direção ao sucesso. Mas há um estilo de condução que pode atrapalhar esse percurso: o microgerenciamento. Mesmo com um grande foco em resultados, essa pode ser uma forma ineficaz (e muito estressante) de gerenciar uma equipe. Afinal, liderar não é sinônimo de exercer controle a cada passo dado pela equipe.

Quer evitar que isso aconteça ou reverter esse tipo de situação em sua empresa? Saiba mais sobre os sinais de microgerenciamento e como é possível incentivar a autêntica liderança.

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O que é microgerenciamento?

Microgerenciamento é uma forma de gestão marcada por um controle exagerado e detalhista das atividades.  Essa prática, além de gerar um ambiente de trabalho desmotivador e às vezes tóxico, pode impactar negativamente a produtividade e o desenvolvimento profissional dos colaboradores.

Muitas vezes, isso acontece com pessoas que chegam a uma posição de liderança ou gestores com ótimas intenções. Só que a intensidade ao supervisionar a equipe e crenças como “se quiser algo bem feito, faça você mesmo” passam longe das qualidades de um bom gestor e podem desencadear dinâmicas tóxicas no ambiente de trabalho.

Sinais de microgestão

Líderes que fazem microgerenciamento tendem a manter um alto nível de exigência em todas as etapas do fluxo de trabalho. Isso adiciona novas camadas de complexidade até nas atividades mais simples e corriqueiras, fazendo com que os colaboradores se sintam constantemente pressionados. Esse tipo de atuação pode se tornar evidente nos seguintes pontos:

  • Dificuldade em delegar, marcada por um contínuo envolvimento no trabalho sob responsabilidade de outras pessoas.
  • Exigência de atualizações, com possíveis pausas no que os colaboradores estiverem fazendo para reportar detalhes ou alterar determinados processos.
  • Fixação em detalhes, com correções preferenciais do que for executado/entregue pelos colaboradores.
  • Insatisfação com os resultados, principalmente quando a equipe age com autonomia.
  • Monitoramento constante, para controle de horários, atividades e comunicações (ao exigir sua inclusão nos e-mails trocados entre a equipe, por exemplo).

rotatividade da equipe também é um alerta de que isso pode estar acontecendo com um gestor. Para 73% dos profissionais entrevistados em um estudo recente, o microgerenciamento é o sinal número um de gestão tóxica no ambiente de trabalho — e 46% revelam ter saído de um emprego por isso.

Como ser um líder consciente no ambiente de trabalho.png

A importância de evitar o microgerenciamento

Às vezes, é preciso acompanhar mais de perto a integração de novos colaboradores ou dar atenção extra ao trabalho da equipe em momentos de crise. Mas é importante evitar que o microgerenciamento se estabeleça no dia a dia. Afinal, isso pode ter consequências como:

Riscos à saúde ocupacional

O microgerenciamento é um dos fatores de risco da Síndrome de Burnout, inclusive para quem lidera uma equipe dessa maneira. Gestores “de primeira viagem” podem agir assim por se sentirem inseguros com a mudança de papel — um estudo da Harvard Business Review aponta que 65% associam isso ao esgotamento no trabalho. Além disso, uma liderança ultra controladora pode abalar a saúde e o bem-estar de todos ao gerar estresse ocupacional, que afeta o sono de 60% dos profissionais hoje em dia.

Menos engajamento e produtividade

Gestores são responsáveis por 70% das variações nos níveis de engajamento da força de trabalho e colaboradores engajados podem ser até 78% mais produtivos. Mas a tentativa de controlar cada detalhe do trabalho expressa falta de confiança na capacidade da equipe, fazendo com que as pessoas se sintam desvalorizadas profissionalmente. Assim, a microgestão pode limitar a autonomia, a criatividade e a motivação dos colaboradores, impactando os níveis de engajamento e produtividade na empresa.

Prejuízos para a empresa

Estresse e clima de desconfiança no ambiente de trabalho são fatores prejudiciais para a employee experience, a marca empregadora e as finanças da empresa. Isso representa um desperdício de valores investidos no processo de atração de talentos, por exemplo, à medida que novos colaboradores podem se sentir pouco à vontade para exercerem plenamente as suas funções. Além do mais, o microgerenciamento dificulta a retenção de talentos e pode estar por trás de um aumento da rotatividade de pessoal (voluntária ou involuntária).

Como incentivar uma gestão engajadora em vez do microgerenciamento

Fatores como perfeccionismo, falta de planejamento estratégico e insegurança diante de mudanças podem estar entre as causas do microgerenciamento. Mas também é possível haver um lado positivo na situação, já que isso geralmente se manifesta em profissionais altamente comprometidos a dar o melhor de si para a empresa.

Estas são as principais estratégias de Recursos Humanos para evitar o microgerenciamento e aprimorar a conduta das pessoas em cargos de gestão:

  1. Conscientização. É importante abordar os impactos negativos da microgestão nos processos de desenvolvimento de lideranças e orientação para atuais gestores.
  2. Alinhamento de expectativas. Trabalhar com métricas pode ser uma boa tática para evitar o acompanhamento constante e intrusivo do trabalho da equipe. 
  3. Feedbackconstrutivo. Em uma conversa franca sobre hábitos que podem se tornar tóxicos e estratégias para delegar trabalho e orientar a equipe com eficiência, vale a pena mencionar a lei do esforço invertido (que explica por que as pessoas começam a se sair mal quando exageram na tentativa de fazer o melhor).
  4. Suporte. Com canais de comunicação abertos para todos, é possível apoiar colaboradores e gestores sempre que for necessário.
  5. Cultura organizacional. Empresas que priorizam o bem-estar dos colaboradores tendem a desenvolver um ambiente de trabalho saudável, onde o microgerenciamento perde espaço para a autêntica liderança. 

Engajamento e bem-estar: a chave para a alta performance

Iniciativas para melhorar a experiência dos colaboradores são um ótimo exemplo de gestão engajadora. Procure criar um ambiente de trabalho positivo e acolhedor, onde cada pessoa se sinta valorizada e motivada a dar o seu melhor, evitando o microgerenciamento.

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Wellhub Editorial Team

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