Bem-Estar Corporativo

Funil de recrutamento: conheça as etapas e suas vantagens

Última alteração 8 de nov. de 2024
Tempo de leitura: 8 minutos
Um funil de recrutamento pode ajudar você a selecionar talentos de forma otimizada. Saiba como implementar essa estratégia em sua empresa.

Hoje em dia, as pessoas são consideradas um dos principais ativos que uma organização pode ter. Elas são o motor de geração de valor para a empresa, e recebem cada vez mais cuidado e atenção por parte da liderança. Mas para que isso aconteça, é importante acertar nas contratações. Afinal, da mesma forma que o colaborador certo produz ótimos resultados para o negócio, contratar alguém com perfil errado pode trazer prejuízos para a operação.

Uma das formas de reduzir o risco de erros na admissão de colaboradores é utilizar um funil de recrutamento. Essa técnica, estruturada em etapas, ajuda a criar um processo organizado e eficaz de seleção de novas pessoas para o time, aumentando as chances de sucesso.

Se você atua na gestão de Recursos Humanos, é importante entender o que é funil de recrutamento, qual é a importância dele para sua rotina de trabalho e quais são as principais etapas do processo de recrutamento e seleção que você deve seguir para encontrar a “pessoa perfeita” e convencê-la a se juntar à equipe.

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O que é funil de recrutamento?

O funil de recrutamento é uma metodologia usada no processo de seleção de candidatos que ajuda as empresas a gerenciar e otimizar cada etapa do recrutamento. Também conhecido como pipeline de talentos, funciona como uma representação visual, em forma de funil, das etapas percorridas pelos candidatos, desde a divulgação da vaga até a contratação final. 

No funil de vendas e de marketing, o objetivo é captar clientes em potencial, atrair a atenção dessas pessoas, apresentar o produto ou serviço, até convencê-lo a fechar a compra. No caso de um funil de recrutamento, a parte superior representa um grande número de candidatos potenciais. À medida que os candidatos avançam pelas etapas do processo seletivo, o funil se estreita, filtrando aqueles que não atendem aos requisitos da vaga, até chegar no candidato ideal.

Em um cenário de intensa concorrência pelos profissionais mais capacitados, utilizar um funil de recrutamento pode ser uma ótima ferramenta de atração e retenção de talentos. Mais do que isso: com um processo estruturado, a seleção de novas pessoas se torna mais rápida e eficaz, e otimiza tempo e recursos da empresa.

As 5 etapas do funil de recrutamento

Apesar de não existir uma estrutura única de funil de recrutamento que funcione da mesma forma em todas as empresas, há uma sequência de ações que pode ser adaptada ao contexto específico da sua companhia. Em alguns casos, pode ser preciso adicionar uma etapa adicional ou, ao contrário, reduzir o número de fases aplicadas ao processo seletivo.

Mas, de forma geral, o modelo mais conhecido de funil de recrutamento e seleção é composto por cinco etapas principais:

  • Etapa 1: Atração
  • Etapa 2: Conversão
  • Etapa 3: Seleção (ou entrevista)
  • Etapa 4: Negociação (ou oferta)
  • Etapa 5: Contratação
Funil de recrutamento.png

A partir do formato conhecido de um funil, com o topo mais largo, o meio e finalmente o fundo mais fino, fica fácil entender que as etapas iniciais são mais abrangentes, e o processo vai, literalmente, se afunilando conforme avança.

Etapa 1: Atração

A primeira etapa do funil de recrutamento é atrair a atenção dos candidatos. As pessoas precisam saber que sua empresa existe, o que faz e, principalmente, que está contratando. E mais: elas devem querer trabalhar com você, claro. Portanto, além de manter canais de comunicação ativos, seja na web, nas redes sociais ou em outros meios de comunicação, também é interessante investir em seu employer branding.

Você pode fazer isso de várias formas: incentivar sua equipe a postar depoimentos positivos sobre sua employee experience na empresa ou obter selos reconhecidos pelo mercado de trabalho, como o GPTW (Great Place to Work), por exemplo. O objetivo, aqui, é mostrar que sua organização oferece um ambiente de trabalho psicologicamente seguro e saudável, onde as pessoas gostam de estar e podem crescer profissionalmente.

Se essa etapa do funil de recrutamento for bem executada, seu processo de atração de talentos estará fluindo e as pessoas terão vontade de se juntar ao time, independentemente de haver vagas abertas na empresa. Você pode inclusive usar essa primeira etapa para criar um banco de talentos.

Etapa 2: Conversão

Uma vez que você possui uma marca empregadora relevante e positiva no cenário profissional, os melhores candidatos já devem conhecer bem sua empresa e querer se juntar a ela. Mas, como eles podem fazer isso?

É aí que entra a etapa da conversão. Nessa fase, o objetivo é criar meios práticos e ágeis de captar as candidaturas. Se a inscrição no processo seletivo for complicada ou problemática, bons profissionais podem acabar desistindo, e isso enfraquece seu funil de recrutamento.

Para evitar que isso aconteça, você pode tomar algumas iniciativas. Por exemplo, mantenha sua página de carreiras sempre atualizada e em destaque em seu site, com a lista de vagas abertas e um bom job description para cada uma. Uma informação que pode ajudar a converter interessados em candidatos é divulgar dados sobre a remuneração. Já existe até um projeto de lei nesse sentido, mas, por enquanto, a decisão de revelar o salário da vaga ainda cabe à empresa. Além disso, citar os benefícios corporativos oferecidos também incentiva as pessoas a clicar no botão de inscrição.

Outra dica é oferecer mais de um canal de candidatura em seu site ou em plataformas profissionais, como LinkedIn: isso ajuda a captar talentos de várias fontes. Ah, e lembre-se de não exagerar nos formulários de preenchimento e garantir que a parte técnica esteja funcionando direitinho: páginas que não carregam e links inativos afugentam os profissionais mais exigentes.

Etapa 3: Seleção (ou entrevista)

Após receber as candidaturas durante um período determinado, chegou o momento de analisar as inscrições e começar a filtrar os candidatos. Esta etapa está bem no meio do funil, e deve ser realizada com muito cuidado para evitar que profissionais sem a qualificação requisitada ou com pouco fit cultural com a empresa avancem para a próxima fase.

Ter que selecionar os melhores talentos é desafiador, claro. Mas o RH pode utilizar ferramentas e estratégias inovadoras para auxiliar nesse processo. Por exemplo, se você está lidando com uma grande quantidade de inscrições, uma opção é investir em tecnologias de inteligência artificial, como um ATS (Applicant Tracking System) para fazer a análise de currículos e separar os mais promissores. Depois, que tal conduzir entrevistas por chamada de vídeo para poupar deslocamentos e otimizar o tempo de todos? Esse tipo de conversa é uma ótima forma de avaliar as soft skills de cada profissional, e conhecer melhor seu histórico pessoal.

Dinâmicas de grupo podem ser interessantes, a depender do tipo de vaga aberta, mas costumam requerer a participação presencial dos candidatos. Mesmo assim, você pode propor atividades virtuais de team building para os participantes, e avaliar como se saem durante os desafios. Essa é uma forma de analisar o perfil comportamental de cada pessoa e entender quais têm potencial de se juntar ao time.

5 tipos de entrevista conduzidas por empresas de sucesso.png

Etapa 4: Negociação (ou oferta)

Se você conseguiu filtrar corretamente as candidaturas, já deve ter um grupo pequeno de possíveis contratações. Ou, quem sabe, até mesmo uma única pessoa ideal. Seja como for, este é o momento de colocar as cartas na mesa e oficializar uma oferta de emprego para quem se destacou no processo seletivo.

Faça contato por e-mail, telefone ou outro meio de comunicação previamente definido para comunicar a boa notícia à pessoa escolhida. Se você ainda não revelou as informações sobre salário e benefícios nas etapas de conversão ou de seleção, essa é a hora de tratar desses assuntos. Se já fez isso antes, vale confirmar os termos da proposta.

Aproveite também para alinhar detalhes específicos, como a documentação requisitada, qual a expectativa profissional de ambos os lados para o início do trabalho e como vai funcionar o processo de onboarding.

Etapa 5: Contratação

Se tudo correu bem até aqui, você já encontrou a pessoa perfeita para a vaga e ela aceitou a oferta de emprego. Agora, nesta etapa, algumas tarefas mais técnicas ou burocráticas entram em ação. Por exemplo, se a contratação vai ser em regime de CLT, é preciso dar andamento com o preenchimento de toda a documentação trabalhista. A boa notícia é que, hoje em dia, isso é feito pela plataforma do eSocial, o que agiliza todo o processo.

Além disso, é hora de iniciar a integração do novo colaborador à empresa. Isso pode ocorrer de diversas formas, com um e-mail de boas-vindas, um kit com brindes da organização, um vídeo sobre a história da companhia e, até mesmo, a realização de um curso específico de treinamento e capacitação, caso a vaga assim demande.

Gestão de talentos: uma sexta etapa?

Embora a maioria dos funis de recrutamento seja estruturado em 5 etapas, existe uma etapa adicional que a maioria dos guias de gestão de pessoas não menciona, mas que também é fundamental para o sucesso do processo: a gestão dos novos colaboradores. Afinal, depois que ingressam na empresa, essas pessoas precisam de acompanhamento e atenção para que possam se integrar totalmente ao novo contexto profissional e render tudo o que podem.

Avaliar alguns dos principais indicadores de recrutamento e seleção pode revelar qual é o grau de satisfação dos novos integrantes e o que acharam do processo de contratação. Ao mesmo tempo, quando os novos contratados encontram um ambiente de trabalho saudável e sentem que a empresa se preocupa com seu bem-estar, as chances de se adaptarem mais rapidamente são maiores. Afinal, essas questões são cada vez mais importantes para os profissionais: 93% das pessoas já consideram esses fatores tão significativos quanto seu salário, enquanto 87% delas pensariam em deixar o emprego se perceberem que a organização não valoriza sua saúde e sua qualidade de vida.

Uma das formas de demonstrar esse cuidado com o bem-estar de sua equipe é oferecer recursos e serviços que ajudem as pessoas a cuidar de sua saúde física e mental. E o Wellhub pode apoiar você nessa jornada. São inúmeras opções de atividades e terapias disponíveis que colaboram com uma rotina profissional mais leve e saudável: cada pessoa só precisa escolher em qual prefere se engajar.

Se quiser conhecer mais sobre o que Wellhub oferece, converse com um de nossos especialistas em bem-estar corporativo.

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Wellhub Editorial Team

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