Bem-Estar Corporativo

Como o RH pode combater a procrastinação e devolver o foco às equipes

Última alteração 30 de set. de 2025

Tempo de leitura: 4 minutos
Quatro jovens em roupas esportivas relaxam ao ar livre, sorrindo e olhando para um celular nas mãos de uma mulher com blusa rosa vibrante.

Produtividade, engajamento e foco: três pilares que toda empresa busca fortalecer em suas equipes. Mas existe um inimigo silencioso que ameaça esse equilíbrio todos os dias — a procrastinação.

No ambiente de trabalho, adiar tarefas importantes não significa apenas “falta de disciplina”. Esse comportamento está ligado a fatores emocionais, excesso de demandas, ambientes desmotivadores e até mesmo à falta de clareza sobre prioridades. O resultado? Atrasos em projetos, sobrecarga para alguns colaboradores e uma queda significativa no clima organizacional.

A boa notícia é que o RH pode atuar como agente de transformação. Ao identificar as causas da procrastinação e criar estratégias de bem-estar e gestão, é possível reverter o problema e transformar procrastinação em performance.

O que é a procrastinação no trabalho?

Procrastinação é o ato de adiar tarefas intencionalmente, mesmo sabendo que isso pode causar prejuízos. No ambiente corporativo, esse comportamento afeta a produtividade individual, o desempenho das equipes e o clima organizacional.

Em vez de focar em atividades prioritárias, a pessoa se distrai com tarefas menos urgentes ou evita começar projetos mais complexos. Isso pode acontecer de forma pontual — como em dias mais estressantes — ou se tornar um padrão preocupante.

Mais do que “falta de foco”, a procrastinação costuma estar ligada a fatores emocionais e estruturais: ansiedade, medo de falhar, ambientes desmotivadores e metas pouco claras. E quando esse comportamento não é identificado e tratado, pode gerar atrasos, retrabalho e sobrecarga em toda a equipe.

Quais são as principais causas da procrastinação?

Existem diversas razões pelas quais colaboradores procrastinam e muitas delas têm relação direta com o ambiente de trabalho.

Aqui estão as mais comuns:

Falta de clareza nas metas e prioridades

Imagine começar o dia sem saber qual tarefa é mais urgente. A tendência é investir tempo no que parece mais fácil, mesmo que não seja o mais importante.

Sobrecarga de tarefas

Quando o volume de trabalho ultrapassa os limites saudáveis, o cérebro entra em modo de defesa. A pessoa trava, e a procrastinação vira um mecanismo de proteção.

Ambiente desorganizado ou desmotivador

Espaços com ruído constante, pouca ergonomia ou excesso de interrupções dificultam a concentração. E isso vale tanto para ambientes físicos quanto para os virtuais.

Medo de errar ou perfeccionismo

O receio de não atingir as expectativas pode gerar paralisia. Em vez de começar uma tarefa, a pessoa evita o desconforto do possível fracasso.

Falta de acompanhamento e feedback

Sem retorno claro, os colaboradores perdem o senso de urgência — ou pior, de relevância. Isso impacta diretamente a motivação.

Questões de saúde física e mental

No Brasil, estresse, ansiedade e distúrbios do sono são grandes vilões da produtividade. De acordo com o Relatório de Bem-Estar Corporativo 2025, 47% dos trabalhadores afirmam que o estresse no trabalho prejudica seu bem-estar mental e 44% relatam não dormir o suficiente por causa dessa pressão.

Reconhecer esses impactos é fundamental para planejar intervenções que vão além da cobrança de resultados, promovendo mudanças reais na rotina das equipes e contribuindo para um ambiente de trabalho mais saudável e sustentável.

Quais estratégias o RH pode adotar para reduzir a procrastinação?

Combater a procrastinação exige planejamento, empatia e colaboração. Aqui estão algumas ações que o RH pode implementar para mudar esse cenário:

  1. Definir metas e expectativas com clareza

Crie objetivos específicos, mensuráveis e alcançáveis. Ao alinhar prioridades com toda a equipe, você reduz a incerteza e facilita o início das tarefas.

  1. Promover um ambiente organizado e motivador

Garanta que os espaços de trabalho — físicos ou digitais — estejam organizados, confortáveis e livres de distrações. Incentive também pausas conscientes, como momentos de respiração ou mindfulness.

  1. Oferecer treinamentos em gestão do tempo

Workshops sobre produtividade, foco e planejamento ajudam os colaboradores a criar hábitos mais saudáveis, priorizar atividades e evitar a procrastinação crônica.

  1. Incentivar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Flexibilidade de horários e apoio ao bem-estar reduzem a fadiga e aumentam a motivação. As iniciativas de saúde mental, como acesso à terapia, também desempenham um papel central: segundo o Relatório de Bem-Estar Corporativo 2025,metade da Geração Z já faz terapia, e entre os que ainda não têm esse recurso, três em cada quatro afirmam que gostariam de ter acesso. 

Esses dados reforçam que o cuidado psicológico deixou de ser um diferencial e passou a ser uma expectativa dos trabalhadores.

  1. Estimular a colaboração entre equipes

Projetos interdisciplinares e rotinas compartilhadas favorecem o engajamento e diminuem o sentimento de isolamento, outro gatilho comum da procrastinação.

  1. Implementar feedbacks frequentes

Reuniões 1:1 regulares ajudam a acompanhar o progresso, reforçar boas práticas e resolver obstáculos antes que virem crises.

Essas práticas fortalecem a cultura de confiança e aumentam a motivação, dois ingredientes essenciais para transformar a produtividade das equipes.

Mais foco começa com bem-estar

Ambientes estressantes, metas confusas e excesso de demandas drenam a energia dos times e alimentam a procrastinação. Esse cenário mina a motivação e trava a produtividade.

Um bom programa de bem-estar ajuda a reduzir o estresse, melhora a saúde mental e impulsiona o foco no dia a dia. Colaboradores mais saudáveis se engajam mais, entregam melhor e se sentem parte do time. Segundo o estudo ROI do Bem-Estar 2025, 82% dos CEOs já enxergam retorno positivo com esse investimento.

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Wellhub Editorial Team

A Equipe Editorial do Wellhub traz aos líderes de RH as informações necessárias para promover o bem-estar dos colaboradores. Em um cenário profissional em rápida evolução, nossas pesquisas, análises de tendências e guias práticos são ferramentas importantes para levar cada vez mais satisfação e saúde ao ambiente de trabalho.


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