Bem-Estar Corporativo

Como combater o etarismo no trabalho e promover diversidade etária

Última alteração 30 de set. de 2025

Tempo de leitura: 5 minutos
Homem em roupa esportiva se alongando ao sol sobre uma superfície de concreto, sentado e alcançando o pé; outras duas pessoas parcialmente visíveis também estão se alongando.

Você já percebeu que, em muitas empresas, expressões como “você já é velho para isso” ou “essa vaga é para perfil jovem” ainda ecoam nos corredores? Esse é o etarismo — ou discriminação etária — agindo de forma silenciosa. Ele mina o engajamento, reduz a diversidade e traz alto risco de rotatividade.

Quando o preconceito por idade entra no RH ou nos processos seletivos, cria-se um ciclo invisível de exclusão. Colaboradores experientes são deixados de lado. Novos talentos se sentem pressionados. E nenhuma geração se sente completamente valorizada.

Mas há um caminho para romper esse ciclo. Com políticas claras, comunicação consciente e métricas de inclusão, é possível construir um ambiente onde todas as faixas etárias se sintam reconhecidas e motivadas.

Descubra neste post como reconhecer sinais de etarismo, adaptar processos e garantir uma cultura inclusiva que valoriza cada geração.

Quais são os sinais de etarismo nas empresas?

Identificar o etarismo é o primeiro passo para combatê-lo. Esse tipo de preconceito pode parecer inofensivo, mas contribui diretamente para a criação de um ambiente de exclusão e insegurança psicológica, e pode até acelerar a saída de talentos.

Veja abaixo alguns dos sinais mais comuns:

  1. Comentários e piadas que reforçam estereótipos

Frases como “essa tarefa é para gente mais jovem” ou “ele já está velho para aprender isso” ainda são ouvidas em muitas equipes. Embora pareçam apenas brincadeiras, esses comentários reforçam uma visão distorcida: a de que competência tem prazo de validade.

Além de desrespeitosos, esses discursos alimentam inseguranças e criam um ambiente hostil, especialmente para profissionais experientes.

  1. Processos seletivos excludentes

O etarismo pode aparecer já nos primeiros contatos com candidatos. Termos como “perfil jovem”, exigência de experiência excessiva para cargos juniores ou imagens que retratam exclusivamente colaboradores jovens em anúncios de vagas são sinais claros de exclusão.

Essas práticas não só reduzem a diversidade, como também limitam o acesso a profissionais experientes que poderiam agregar muito valor estratégico.

  1. Falta de oportunidades de desenvolvimento

Quando profissionais mais velhos são sistematicamente preteridos em promoções, treinamentos ou projetos-chave, mesmo com bom desempenho, é hora de acender o alerta.

Isso transmite a mensagem de que a empresa não enxerga seu potencial de crescimento, o que pode gerar desmotivação e aumento na rotatividade.

  1. Invisibilidade em decisões e conversas

A exclusão de vozes mais experientes em reuniões, brainstorms ou decisões importantes também é uma forma de etarismo. Frases como “você não entende dessas tecnologias” ou “isso é coisa da nova geração” desconsideram toda a bagagem e conhecimento acumulados ao longo de uma carreira.

Onde esses sinais podem aparecer?

O etarismo não se limita às conversas do dia a dia. Ele pode estar presente em diferentes níveis da organização:

  • Políticas de RH mal desenhadas.
  • Avaliações de desempenho tendenciosas.
  • Benefícios que não atendem a diferentes faixas etárias.

Uma boa maneira de detectar esses pontos cegos é por meio de pesquisas de clima organizacional. Elas ajudam a captar percepções da equipe e identificar áreas onde esse tipo de discriminação pode estar ocorrendo de forma silenciosa.

Leia também: A importância da pesquisa de clima organizacional

Estratégias para combater o etarismo no ambiente de trabalho

Depois de identificar o problema, o RH deve agir com intenção e consistência. Combater o etarismo exige uma abordagem estruturada, que inclua revisão de políticas, mudança de mentalidade e foco no bem-estar integral dos colaboradores.

Aqui estão algumas estratégias que você pode adotar:

  1. Revisar políticas e comunicações internas

Evite termos como “perfil jovem” ou “profissional sênior obrigatório” nas descrições de vaga. Substitua essas expressões por critérios técnicos e de experiência. Esse cuidado deve se estender a políticas de benefícios, planos de carreira e campanhas internas.

  1. Promover treinamentos de conscientização

Workshops e palestras sobre diversidade etária ajudam a desconstruir preconceitos e reforçam o respeito às diferentes gerações. Essa ação é essencial para engajar lideranças e estimular um ambiente realmente inclusivo.

  1. Incentivar a mentoria reversa

Na mentoria reversa, profissionais mais jovens compartilham conhecimentos sobre tecnologia e tendências, enquanto os mais experientes oferecem visão estratégica e bagagem de mercado. Essa troca é rica, valoriza todos os envolvidos e fortalece a cultura de aprendizado.

  1. Oferecer benefícios que atendam a todas as idades

Colaboradores de diferentes gerações têm necessidades diferentes — e é isso que torna a construção de um pacote de bem-estar tão estratégica. O segredo não está em oferecer muitos benefícios, mas sim em garantir que eles sejam realmente úteis e fáceis de acessar.

Por isso, vale apostar em soluções que atendam múltiplas dimensões da saúde: atividade física, terapia, meditação, apoio financeiro e cuidados com o sono. Um programa de bem-estar bem estruturado demonstra respeito à diversidade da sua equipe e entrega o suporte que cada pessoa precisa para se sentir cuidada no dia a dia.

  1. Reconhecer talentos com critérios justos

A avaliação de desempenho deve focar em entregas, resultados e habilidades, e não na idade do colaborador. O reconhecimento equitativo contribui para engajar profissionais de todas as faixas etárias e reforça a mensagem de que o crescimento é para todos.

Combater o etarismo começa pelo cuidado com as pessoas

O etarismo afasta talentos, reduz a diversidade e cria um ambiente de trabalho inseguro. Quando colaboradores se sentem invisíveis ou desvalorizados por causa da idade, o engajamento e a retenção sofrem.

Um programa de bem-estar bem estruturado ajuda a reverter esse cenário. Ao oferecer benefícios que atendem diferentes fases da vida, a empresa mostra que valoriza cada colaborador de forma igualitária. 

Fale com um especialista do Wellhub e descubra como combater o etarismo promovendo o cuidado com todas as gerações.

Com Wellhub, seus colaboradores fazem um check-in de bem-estar todos os dias

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Referências


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Wellhub Editorial Team

A Equipe Editorial do Wellhub traz aos líderes de RH as informações necessárias para promover o bem-estar dos colaboradores. Em um cenário profissional em rápida evolução, nossas pesquisas, análises de tendências e guias práticos são ferramentas importantes para levar cada vez mais satisfação e saúde ao ambiente de trabalho.


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