Bem-Estar Corporativo

27 sintomas de estresse no trabalho que não devem ser ignorados

Última alteração 17 de dez. de 2025

Tempo de leitura: 11 minutos
Mulher sentada em uma sala de reunião usando o celular, com papéis, laptop, garrafa e café sobre a mesa; quadros de avisos com post-its ao fundo.

Imagine um colaborador que entrega resultados, cumpre prazos e participa das reuniões. Por fora, tudo parece sob controle. Por dentro, o cansaço não passa, o humor oscila e a energia desaparece. Essa cena se repete em empresas de todos os portes e setores.

O estresse no trabalho deixou de ser pontual. Ele se tornou constante, silencioso e profundamente humano. Mais da metade dos profissionais em tempo integral relatou aumento nos níveis de estresse no último ano, segundo o Panorama do Bem-Estar Corporativo 2026, do Wellhub. 

Esse número revela mais do que pressão por resultados. Ele expõe rotinas sobrecarregadas, pouca recuperação emocional e um custo crescente para pessoas e negócios. Quando ignorado, o estresse avança. Ele afeta foco, engajamento, relações e pode evoluir para quadros mais graves, como o burnout. 

Para o RH e para as lideranças, esperar os sinais extremos aparecerem já não funciona. A diferença está em reconhecer os alertas iniciais e agir antes que o impacto se torne estrutural. Identificar os sintomas de estresse no trabalho é um passo estratégico. Isso vale para profissionais de RH, gestores, CEOs e também para quem vive a pressão no dia a dia. Quanto mais cedo os sinais entram no radar, maiores são as chances de cuidado real e prevenção.

Descubra como identificar os principais sintomas de estresse no trabalho e proteger a saúde emocional do seu time.

Como identificar colaboradores estressados?

Identificar colaboradores estressados exige atenção aos detalhes. O estresse ocupacional raramente surge de forma abrupta. Na maioria das vezes, ele se instala aos poucos, a partir de rotinas intensas, metas excessivas, baixa previsibilidade e pouco espaço para recuperação física e emocional. 

O ponto de partida é observar mudanças que fogem do comportamento habitual da pessoa. Um colaborador que sempre foi engajado pode se tornar apático. Alguém comunicativo pode passar a se isolar. Esses sinais, quando analisados em conjunto, ajudam o RH e as lideranças a enxergar um quadro que vai além de uma “fase ruim”. 

Algumas perguntas ajudam nesse processo de observação

  • O colaborador tem demonstrado alterações de humor sem motivo aparente?
  • O desempenho mudou de forma repentina?
  • Há mais erros, atrasos ou esquecimentos do que o normal?
  • A relação com colegas ficou mais tensa ou distante? Ele relata sintomas físicos recorrentes, como dores de cabeça ou fadiga?
  • Parece desmotivado, irritado ou emocionalmente exausto?
  • Houve aumento no número de atestados?
  • O CID indica questões relacionadas à saúde mental?

Quando a resposta é “sim” para mais de uma dessas perguntas, vale aprofundar a análise. 

O estresse no trabalho se manifesta de diferentes formas, e entender seus sintomas físicos, emocionais, cognitivos e comportamentais é o próximo passo para uma avaliação mais precisa. 

Quais são os principais sintomas físicos de estresse no trabalho?

Os sintomas físicos de estresse no trabalho costumam ser os primeiros sinais de alerta do corpo. Eles indicam que o organismo está operando em estado de sobrecarga por tempo prolongado. Ignorá-los pode fazer com que o estresse avance para níveis mais difíceis de reverter. 

De acordo com o Panorama do Bem-Estar Corporativo 2026, o estresse relacionado ao trabalho está entre os principais fatores que prejudicam o sono e a recuperação física dos profissionais. Esse dado ajuda a explicar por que tantos sintomas físicos aparecem antes mesmo de sinais emocionais mais evidentes. 

A seguir, veja os principais sintomas físicos de estresse no trabalho e como eles costumam se manifestar no dia a dia. 

  1. Dores de cabeça frequentes 

As dores de cabeça relacionadas ao estresse variam desde uma pressão constante até crises mais intensas, como enxaquecas. Elas costumam estar associadas a excesso de demandas, longas jornadas, prazos apertados e dificuldade de desligar do trabalho, mesmo fora do expediente. 

  1. Tensão muscular 

O corpo reage ao estresse “travando” áreas específicas, especialmente ombros, pescoço e lombar. Esse tipo de tensão é comum em profissionais que passam muitas horas sentados, com pouca pausa para alongamento ou descanso mental. 

  1. Fadiga persistente 

Sentir-se cansado mesmo após uma noite de sono é um dos sintomas de estresse no trabalho mais recorrentes. Esse tipo de fadiga indica que o corpo permanece em estado de alerta constante, sem tempo suficiente para se recuperar. 

  1. Palpitações ou batimentos acelerados 

Alguns colaboradores relatam sensação de coração acelerado, mesmo sem esforço físico. Esse sintoma está ligado à ativação prolongada do sistema de resposta ao estresse, que prepara o corpo para “lutar ou fugir”, mesmo quando não há uma ameaça real. 

  1. Distúrbios do sono 

Dificuldade para adormecer, despertares frequentes durante a noite ou, em alguns casos, sono excessivo são sinais comuns. O estresse interfere diretamente na qualidade do descanso, comprometendo a energia, o foco e o humor no dia seguinte. 

  1. Alterações de peso 

O estresse pode levar tanto ao ganho quanto à perda de peso. Isso acontece porque ele afeta hormônios como o cortisol e também influencia comportamentos alimentares, como comer por ansiedade ou perder o apetite. 

  1. Problemas gastrointestinais 

Dor no estômago, refluxo, azia, gastrite e até episódios de diarreia podem estar associados a períodos prolongados de estresse no trabalho. O sistema digestivo é um dos primeiros a sentir os impactos da tensão emocional contínua. 

Quais são os principais sintomas emocionais de estresse no trabalho?

Os sintomas emocionais de estresse no trabalho costumam impactar diretamente a forma como o colaborador se relaciona com as tarefas, com as pessoas e consigo mesmo. Diferente dos sinais físicos, eles nem sempre são visíveis à primeira vista, mas afetam profundamente o clima, o engajamento e a saúde mental do time. 

Segundo o Panorama do Bem-Estar Corporativo 2026, o estresse relacionado ao trabalho está entre os principais fatores que comprometem o bem-estar emocional dos profissionais, especialmente quando não há espaço para recuperação ou apoio contínuo. Esse contexto ajuda a explicar por que emoções negativas persistentes se tornaram tão comuns no ambiente corporativo. 

A seguir, veja os principais sinais emocionais que merecem atenção. 

  1. Ansiedade 

A ansiedade aparece como preocupação constante, sensação de urgência permanente ou medo de não conseguir dar conta das demandas. O colaborador pode se sentir sempre “atrasado”, mesmo quando está entregando, e tem dificuldade de relaxar ou se desconectar. 

  1. Irritabilidade 

O estresse reduz a tolerância emocional. Situações simples passam a gerar reações intensas, como impaciência, respostas ríspidas ou explosões emocionais fora do padrão habitual da pessoa. 

  1. Tristeza ou apatia 

Aqui, o colaborador perde o interesse por atividades que antes o motivavam. O brilho no olhar diminui, o engajamento cai e projetos relevantes passam a ser vistos como um peso, não como uma oportunidade. 

  1. Diminuição da autoestima 

É comum que profissionais sob estresse constante comecem a duvidar da própria capacidade. Surgem pensamentos de inadequação, insegurança excessiva e sensação de não ser bom o suficiente, mesmo diante de bons resultados. 

  1. Sentimento de culpa 

Muitos colaboradores em estresse ocupacional carregam uma culpa constante por não “renderem mais”, mesmo quando estão no limite. Esse sentimento reforça ciclos de autocobrança e dificulta pedidos de ajuda. 

Esses sintomas emocionais são sinais claros de que algo não vai bem. Quando ignorados, eles aumentam o risco de afastamentos, conflitos interpessoais e evolução para quadros mais graves, como ansiedade crônica e burnout. 

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Quais são os principais sintomas cognitivos do estresse no trabalho?

Os sintomas cognitivos de estresse no trabalho afetam diretamente a capacidade de raciocínio, memória e tomada de decisão. Quando o cérebro opera sob pressão constante, ele passa a priorizar a sobrevivência, não o desempenho estratégico. O resultado é uma queda clara na qualidade das entregas, mesmo entre profissionais experientes. 

Esse tipo de sintoma costuma ser interpretado apenas como “falta de foco” ou “desatenção”, mas, na prática, ele revela um nível elevado de sobrecarga mental. A seguir, veja os sinais mais comuns. 

  1. Dificuldade de concentração 

A mente fica dispersa, com dificuldade de manter o foco em uma única tarefa. O colaborador perde o fio da meada com facilidade, precisa reler e-mails ou refazer atividades simples, o que aumenta a sensação de improdutividade. 

  1. Esquecimentos frequentes 

Prazos, reuniões, tarefas e informações importantes começam a ser esquecidos com mais frequência. Embora possam existir causas clínicas, esse também é um sintoma clássico de estresse no trabalho, ligado ao excesso de estímulos e à fadiga mental. 

  1. Pensamento acelerado ou confuso 

O colaborador relata que a cabeça está “cheia demais”. As ideias se atropelam, as preocupações se acumulam e fica difícil organizar prioridades ou concluir raciocínios com clareza. 

  1. Dificuldade de tomar decisões 

Até escolhas simples se tornam desgastantes. A pessoa evita assumir responsabilidades, adia decisões e sente medo constante de errar, o que impacta diretamente a autonomia e a agilidade do time. 

  1. Perda de criatividade 

O estresse reduz a capacidade de pensar de forma inovadora. O colaborador passa a operar no modo automático, com dificuldade de enxergar alternativas ou propor soluções novas, algo crítico para funções estratégicas. 

Esses sintomas cognitivos são especialmente preocupantes para o RH, pois afetam diretamente produtividade, qualidade e segurança psicológica. Muitas vezes, eles antecedem afastamentos e quedas mais severas de desempenho. 

Quais são os principais sintomas comportamentais de estresse no trabalho?

Os sintomas comportamentais de estresse no trabalho são aqueles que aparecem de forma mais concreta na rotina e, por isso, costumam ser percebidos primeiro por gestores e pelo RH. Eles impactam diretamente a operação, o clima organizacional e a dinâmica entre as equipes. 

Esses sinais não indicam falta de comprometimento. Na maioria das vezes, revelam exaustão, sobrecarga e dificuldade de lidar com a pressão contínua. Entender esse contexto evita julgamentos equivocados e abre espaço para intervenções mais humanas. Veja os principais sintomas a seguir. 

  1. Atrasos e absenteísmo 

Um dos sinais mais comuns. O colaborador começa a se atrasar com frequência, faltar mais dias ou prolongar pausas. Em muitos casos, essas ausências funcionam como uma tentativa inconsciente de aliviar a sobrecarga. 

  1. Queda na produtividade 

As entregas ficam mais lentas, a qualidade diminui e cumprir prazos passa a ser um desafio constante. Mesmo com esforço, o desempenho não acompanha as expectativas, o que aumenta a frustração. 

  1. Aumento de erros 

Falhas de digitação, erros de cálculo e esquecimento de etapas importantes se tornam recorrentes. Esses erros não refletem desatenção proposital, mas um cérebro operando no limite. 

  1. Isolamento social 

O colaborador evita conversas, reuniões e interações informais. Embora o isolamento possa estar ligado ao perfil pessoal, ele merece atenção quando surge em alguém que antes era participativo. 

  1. Comportamentos defensivos 

Feedbacks passam a ser interpretados como ataques pessoais. O colaborador reage de forma exagerada, fica na defensiva e demonstra baixa tolerância a ajustes ou orientações. 

  1. Negligência com responsabilidades 

Atividades antes tratadas como prioridade perdem importância. O colaborador parece desconectado do impacto de suas ações e demonstra dificuldade de manter o padrão de entrega. 

  1. Perda de motivação 

A energia inicial desaparece. A pessoa passa a fazer apenas o mínimo necessário, sem envolvimento emocional ou senso de propósito. Esses sintomas comportamentais costumam acender um alerta forte no RH, pois afetam diretamente resultados, clima e engajamento. Quando ignorados, tendem a se intensificar e gerar impactos coletivos. 

Quais são os sintomas sociais do estresse no trabalho? 

Os sintomas sociais de estresse no trabalho revelam como a sobrecarga emocional afeta a forma como o colaborador se relaciona com o ambiente ao redor. Eles impactam não apenas o indivíduo, mas também a dinâmica do time, a colaboração e o senso de pertencimento. 

Quando esses sinais aparecem, o risco de isolamento emocional aumenta. E isso fragiliza tanto a saúde mental quanto o desempenho coletivo. Confira os principais sintomas sociais a seguir. 

  1. Dificuldade de convivência 

Conflitos, discussões e atritos passam a acontecer com mais frequência. O alerta é ainda maior quando esse comportamento surge em pessoas que antes tinham facilidade para trabalhar em equipe e lidar com diferenças. 

  1. Falta de empatia 

O colaborador demonstra dificuldade em compreender o ponto de vista do outro. A escuta ativa diminui, o diálogo fica mais duro e a colaboração perde qualidade, aumentando o risco de conflitos no time

  1. Perda de interesse em atividades sociais ou de lazer 

A pessoa deixa de participar de momentos coletivos, tanto no trabalho quanto fora dele. Diferente do isolamento citado anteriormente, aqui o afastamento se estende à vida pessoal, incluindo encontros informais, happy hours e atividades de lazer. 

Esses sintomas sociais são especialmente preocupantes porque indicam aumento da vulnerabilidade emocional. Quando alguém se afasta das relações, perde também uma importante rede de apoio. 

O que fazer diante dos sinais de estresse no trabalho? 

Identificar os sintomas de estresse no trabalho é apenas o primeiro passo. O verdadeiro impacto acontece quando o RH transforma essa leitura em ação. Nesse cenário, o papel da área é estratégico: criar condições para que o cuidado com a saúde mental seja contínuo, estruturado e acessível. 

Segundo o Panorama do Bem-Estar Corporativo 2026, o estresse e o burnout deixaram de ser eventos isolados e passaram a representar uma tensão constante no ambiente profissional. Isso reforça a importância de uma atuação preventiva, e não apenas corretiva. 

Na prática, o RH pode atuar em diferentes frentes, como: 

  • Criar canais seguros e confidenciais de escuta.
  • Apoiar lideranças na identificação precoce dos sinais de estresse.
  • Promover políticas claras de bem-estar e equilíbrio.
  • Reduzir fatores organizacionais que ampliam a sobrecarga.
  • Evitar que quadros de estresse evoluam para burnout ou afastamentos. 

Esse trabalho deve acontecer em parceria com gestores. A liderança é peça-chave para normalizar conversas sobre saúde mental e estimular o cuidado sem estigmas. 

Algumas iniciativas que fazem diferença incluem: 

  • Programas estruturados de saúde mental.
  • Ações de reconhecimento e valorização.
  • Gestão mais equilibrada de metas e entregas.
  • Treinamentos sobre liderança humanizada.
  • Acompanhamento individual e contínuo.
  • Iniciativas de bem-estar que integrem corpo e mente, como atividade física, nutrição e mindfulness.

Quando essas ações se conectam, o cuidado deixa de ser pontual e passa a fazer parte da cultura. 

Como o Wellhub pode ajudar na prevenção

O estresse no trabalho já não aparece só em crises pontuais. Ele se instala no dia a dia, afeta energia, foco e relações e coloca o time em risco antes que o burnout fique evidente.

Um programa de bem-estar ajuda você a agir antes do limite. Ao oferecer acesso a atividade física, mindfulness, apoio emocional e rotinas de autocuidado, a empresa cria espaço real para recuperação. Isso reduz a sobrecarga e fortalece o engajamento. 

Converse com um especialista do Wellhub para transformar a prevenção do estresse em uma estratégia contínua de cuidado, engajamento e performance para o seu time.

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Referências


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Wellhub Editorial Team

A Equipe Editorial do Wellhub traz aos líderes de RH as informações necessárias para promover o bem-estar dos colaboradores. Em um cenário profissional em rápida evolução, nossas pesquisas, análises de tendências e guias práticos são ferramentas importantes para levar cada vez mais satisfação e saúde ao ambiente de trabalho.


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