Causas de estresse no trabalho: o que está levando equipes ao limite
Última alteração 17 de dez. de 2025

O estresse no trabalho deixou de ser um problema pontual. Ele se tornou parte da rotina de muitas equipes e já impacta afastamentos, engajamento e resultados do negócio.
Hoje, dois terços dos colaboradores relatam altos níveis de estresse no dia a dia. O alerta fica ainda mais forte quando dados do Panorama do Bem-Estar Corporativo 2026 mostram que nove em cada dez profissionais apresentaram sintomas de burnout no último ano. Em quase 40% dos casos, esse impacto aparece semanalmente. Quando a pressão se acumula, o custo vai além da saúde individual. O clima pesa, a produtividade cai e a sustentabilidade da empresa entra em risco.
Para o RH, entender as causas de estresse no trabalho deixou de ser apenas uma ação preventiva. Esse olhar estratégico ajuda a priorizar iniciativas de bem-estar, fortalecer a cultura organizacional, aumentar o engajamento e criar ambientes onde as pessoas conseguem performar sem se esgotar.
Mapear essas causas também permite agir antes que o estresse vire afastamento, turnover ou queda de performance. É nesse ponto que o RH ganha protagonismo e impacto real no negócio.
Explore as principais causas de estresse no ambiente profissional, identifique sinais de alerta e veja como transformar pressão diária em oportunidades de cuidado, equilíbrio e crescimento sustentável.
Quais são as principais causas de estresse no trabalho?
A seguir, você confere as 11 principais causas de estresse no trabalho, explicadas de forma prática para ajudar o RH a identificar sinais de alerta e agir antes que a tensão vire um problema maior.
- Sobrecarga de tarefas
A sobrecarga é uma das causas de estresse no trabalho mais citadas pelos colaboradores. Ela surge quando as demandas ultrapassam a capacidade real de execução, seja por falta de pessoas, processos mal definidos ou uma rotina constante de urgências.
Para identificar esse cenário, o RH pode observar atrasos frequentes, queda na qualidade das entregas, aumento de erros, irritabilidade e cansaço persistente. Com esse diagnóstico mais claro, torna-se possível ajustar prioridades, redistribuir tarefas e até revisar fluxos que colocam pressão desnecessária sobre a equipe.
- Falta de reconhecimento
A falta de reconhecimento também aparece entre as principais causas de estresse no trabalho. Quando o colaborador sente que seu esforço passa despercebido, o impacto emocional se acumula ao longo do tempo.
Os sinais mais comuns incluem desmotivação, distanciamento, menor participação em reuniões e uma postura de apatia em relação aos resultados. Pequenas ações, como feedbacks frequentes, rituais de reconhecimento e conversas mais próximas com a liderança, já fazem diferença para reduzir esse tipo de estresse.
- Clima organizacional ruim
Um ambiente pesado, marcado por conflitos constantes, ruídos ou fofocas, está entre as principais causas de estresse no trabalho. Esse tipo de clima geralmente nasce de relações desgastadas, falta de alinhamento entre áreas ou comportamentos de liderança que não favorecem a confiança.
Colaboradores expostos a esse cenário tendem a ficar mais tensos, silenciosos, reativos ou defensivos. Para o RH, pesquisas de clima, escuta ativa e conversas individuais são ferramentas essenciais para entender a raiz do problema e promover ajustes antes que o desgaste se espalhe.
- Comunicação ineficiente
Ruídos de comunicação, falta de clareza e informações desencontradas criam insegurança e retrabalho, um terreno fértil para o estresse. Quando cada área atua com prioridades diferentes e o colaborador não sabe exatamente o que se espera dele, a pressão aumenta rapidamente.
Se o RH percebe confusão sobre responsabilidades, excesso de retrabalho ou pedidos constantes de esclarecimento, é um sinal claro de que essa é uma das causas de estresse no trabalho que precisam ser revistas com urgência.
- Liderança autoritária ou ausente
A liderança é uma das maiores fontes tanto de bem-estar quanto de estresse dentro das organizações. Gestores autoritários, inflexíveis ou distantes contribuem para sentimentos de medo, insegurança e desamparo.
Sinais comuns incluem colaboradores evitando contato com o gestor, hesitando em pedir ajuda ou demonstrando ansiedade antes de reuniões. Investir no desenvolvimento de lideranças mais humanas e acessíveis é um passo decisivo para reduzir essa causa de estresse no trabalho.
- Falta de autonomia
A falta de autonomia é uma das causas de estresse no trabalho que mais gera frustração, especialmente entre profissionais experientes. Quando tudo depende de aprovação ou não há espaço para decidir como executar as tarefas, até atividades simples se tornam longas e desgastantes.
O RH pode identificar esse cenário ao perceber queda no engajamento, postura mais passiva ou colaboradores que deixam de sugerir ideias. Normalmente, isso acontece porque não enxergam abertura real para contribuir ou inovar.
- Insegurança profissional
Mudanças frequentes, rumores sobre demissões ou falta de clareza sobre os rumos da empresa aumentam a sensação de insegurança. Quando o colaborador não enxerga perspectivas de futuro, o estresse cresce, mesmo que a carga de trabalho esteja sob controle.
Ansiedade constante, busca excessiva por validação e resistência a mudanças são sinais comuns. Transparência, comunicação frequente e alinhamento de expectativas ajudam o RH a reduzir essa importante causa de estresse no trabalho.
- Carga emocional elevada
Algumas funções exigem lidar diariamente com decisões difíceis, conflitos, prazos agressivos ou situações sensíveis. Esse tipo de exposição contínua eleva a carga emocional e se transforma em uma das causas de estresse no trabalho mais silenciosas.
O desgaste costuma aparecer como cansaço mental, irritabilidade, necessidade de afastamento ou sensação de estar sempre no limite. Espaços de acolhimento, apoio psicológico e uma cultura que normalize pedir ajuda fazem toda a diferença.

- Jornada excessiva e falta de pausas
Trabalhar por longos períodos sem descanso afeta diretamente a saúde física e mental. Jornadas estendidas, metas pouco realistas e a normalização de horas extras constantes estão entre as causas de estresse no trabalho mais recorrentes.
O RH deve ficar atento a colaboradores que não conseguem se desconectar, pulam pausas, almoçam na própria mesa ou relatam dificuldade para dormir. Esses comportamentos indicam acúmulo de tensão e risco de esgotamento no médio prazo.
- Falta de propósito e motivação
Quando o colaborador não entende o impacto do seu trabalho ou não se sente conectado aos objetivos da empresa, a motivação tende a desaparecer. E, junto com ela, o bem-estar.
Esse cenário costuma gerar apatia, procrastinação e sensação de estagnação profissional. Conversas sobre carreira, reconhecimento e alinhamento de expectativas ajudam o RH a atuar sobre essa importante causa de estresse no trabalho.
- Recursos e infraestrutura inadequados
Poucas situações são tão estressantes quanto trabalhar com ferramentas que não funcionam. Sistemas lentos, equipamentos inadequados e processos travados comprometem a produtividade e aumentam a frustração.
Quando há reclamações frequentes, retrabalho ou falhas operacionais recorrentes, vale investigar se o estresse não está ligado à falta de estrutura. Investir em recursos adequados é uma forma direta de reduzir as causas de estresse no trabalho.
Como o RH pode ajudar a reduzir o estresse no ambiente de trabalho?
O RH tem um papel decisivo na criação de um ambiente mais saudável. A área atua como ponte entre colaboradores, lideranças e cultura organizacional e, por isso, consegue identificar causas de estresse no trabalho antes que elas se transformem em problemas mais graves.
A seguir, veja como estruturar essa atuação e melhorar a experiência de quem faz a empresa acontecer.
Revisar processos para evitar sobrecarga e retrabalho
Em muitos casos, o estresse não nasce do colaborador, mas da forma como o trabalho está organizado. Ao revisar fluxos, identificar gargalos e padronizar rotinas, o RH consegue reduzir urgências desnecessárias, redistribuir atividades e evitar o acúmulo de tarefas. Isso diminui a sensação constante de estar “devendo”, um dos principais gatilhos de estresse no dia a dia.
Estruturar rotinas claras de comunicação
A falta de alinhamento gera insegurança, expectativas desalinhadas e conflitos entre áreas. Por isso, o RH pode estruturar rituais de comunicação mais transparentes, como reuniões rápidas de alinhamento, canais oficiais para avisos e orientações claras sobre feedback contínuo. Quanto mais previsível for o fluxo de informações, menor tende a ser o desgaste emocional.
Criar políticas reais de pausas e descanso
Pausas não podem ser apenas permitidas, elas precisam ser incentivadas. O RH pode ajudar a estabelecer horários de descanso, reforçar o uso adequado das férias e orientar lideranças a não estimular jornadas excessivas.
Segundo o Panorama do Bem-Estar Corporativo 2026, a falta de descanso está diretamente ligada ao aumento do estresse contínuo, o que reforça a importância de pausas como parte da cultura.
Capacitar líderes para uma gestão mais humanizada
A relação com a liderança segue como uma das principais causas de estresse no trabalho. Investir no desenvolvimento de habilidades como escuta ativa, comunicação empática e gestão de conflitos ajuda a transformar o clima das equipes. Líderes preparados conseguem identificar sinais de exaustão mais cedo e agir antes que o problema se intensifique.
Mapear sinais precoces com pesquisas de clima
Pesquisas de clima, pesquisas de pulso e conversas estruturadas permitem ao RH acompanhar como as pessoas estão se sentindo ao longo do tempo. Essas ferramentas ajudam a identificar padrões, áreas mais sensíveis e momentos de maior pressão. Com esses dados em mãos, a empresa consegue agir de forma preventiva e mais assertiva sobre as causas de estresse no trabalho.
Oferecer programas de bem-estar e apoio emocional
Sem apoio adequado, o estresse tende a se acumular e virar um ciclo difícil de quebrar. Programas focados em saúde emocional, orientação psicológica, ergonomia e qualidade de vida ajudam o colaborador a recuperar o equilíbrio. Quando essas iniciativas fazem parte da cultura, a sensação de segurança psicológica cresce e o estresse diminui de forma consistente.
Combater o estresse no trabalho começa pelo bem-estar contínuo
Sobrecarga, falta de reconhecimento, liderança pouco empática e jornadas longas tornaram o estresse parte da rotina. Esses fatores drenam energia, afetam o clima e aceleram o burnout, com impacto direto no engajamento e nos resultados do negócio.
Um programa estruturado ajuda o RH a agir antes do limite. O acesso a atividades físicas, práticas de mindfulness e apoio emocional cria válvulas reais de recuperação no dia a dia. E o impacto é concreto: 91% dos profissionais dizem que frequentar espaços de bem-estar melhora a capacidade de lidar com o estresse do trabalho.
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Referências
- WELLHUB, Panorama do Bem-Estar Corporativo 2026. Acessado em novembro de 2025, em https://wellhub.com/pt-br/recursos/panorama-do-bem-estar-corporativo-2026/.
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