Abonar falta: entenda o que é, quando é permitido e como funciona na prática
Última alteração 5 de mar. de 2025

Você sabia que o abono de faltas pode impactar diretamente o clima organizacional e a produtividade da força de trabalho? Por isso, entender em quais situações isso se aplica e como gerenciar o processo faz diferença para qualquer empresa preocupada em criar um ambiente saudável e produtivo.
Em determinados casos, a legislação trabalhista brasileira permite que algumas ausências sejam justificadas sem prejuízo à remuneração dos profissionais. Pensando nisso, vale a pena entender o que significa abonar falta, quando isso é permitido pela CLT e como esse procedimento funciona na prática.
Além disso, conheça as ferramentas modernas de gestão de ausências e cuidado com o bem-estar para apoiar suas equipes, para que as necessidades pessoais dos colaboradores sejam consideradas, sem comprometer a rotina corporativa.
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O que é abonar falta e por que é importante?
Abonar falta, também conhecido como “falta abonada”, consiste em justificar a ausência de um profissional de maneira que não haja desconto em sua remuneração. Essa definição está prevista na legislação trabalhista brasileira e estabelece algumas situações específicas em que a ausência não prejudica o pagamento do salário.
A falta abonada é importante porque reconhece momentos em que o colaborador tem um motivo justificável para se ausentar do trabalho. Esses motivos podem envolver questões familiares, pessoais ou de força maior, e considerar isso em políticas internas contribui para a satisfação e o engajamento da equipe.
Em termos práticos, garantir um processo claro de abono de faltas evita ruídos de comunicação entre a organização e seus profissionais, diminuindo possíveis conflitos e promovendo um clima de confiança.
Outro aspecto relevante é que o entendimento dessas regras auxilia na redução de absenteísmo, que ocorre quando as ausências frequentes se tornam um problema corporativo. Ao mesmo tempo, existem iniciativas que podem ser adotadas para diminuir o absenteísmo nas empresas de forma estratégica.
Quais situações justificam o abono de falta segundo a CLT?
A legislação trabalhista brasileira, principalmente a Consolidação das Leis do Trabalho, elenca algumas circunstâncias em que ocorre o chamado abono de falta. Esse abono se dá quando a legislação prevê que o colaborador pode se ausentar, mas ainda assim manter o direito à remuneração integral. Conheça as situações mais comuns:
- Falecimento de familiares: a lei prevê dois dias de ausência justificada em caso de falecimento de familiares próximos — por exemplo, cônjuge, filhos, pais ou irmãos. A quantidade de dias varia conforme o grau de parentesco e as políticas internas da empresa, pois caso o colaborador precise de um maior tempo de afastamento é possível negociar com o empregador um ajuste.
- Casamento: o casamento é outra razão para a falta abonada. Há um período específico de afastamento remunerado — 3 dias — para que o profissional possa desfrutar desse momento pessoal sem prejuízos salariais. É importante que o profissional se lembre de comunicar antecipadamente o RH.
- Nascimento de filhos: a licença-parental é um dos exemplos de abonos mais extensos, previstos em lei. Já a CLT também considera algumas ausências pontuais para consultas médicas e para acompanhar a gestante em exames, dependendo das normativas vigentes.
- Doação de sangue ou participação em júri: a doação de sangue voluntária e a necessidade de comparecer como jurado em um tribunal podem ser situações de falta justificada, desde que apresentadas as devidas comprovações. A doação de sangue dá direito a uma falta a cada 12 meses e a convocação varia de acordo com o número de participações.
- Exames e consultas médicas: em alguns casos, a lei pode permitir o abono de ausências para consultas médicas específicas ou acompanhamento de familiares próximos, desde que haja atestados e documentos que justifiquem o procedimento.
De acordo com o Governo Federal:
- até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou companheira;
- por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica;
- doença médica mediante apresentação de atestado;
- pelo período de 15 (quinze) dias no caso de afastamento por motivo de doença ou acidente de trabalho, mediante atestado médico e observada a legislação previdenciária.
Algumas empresas também praticam o Day Off, um descanso programado que permite aos colaboradores um dia de folga adicional como uma maneira de buscar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Essa é uma excelente alternativa para reduzir o estresse acumulado e promover a saúde mental.
Cada caso possui regras próprias e é recomendado que as empresas mantenham a transparência nas comunicações internas para diminuir potenciais conflitos e facilitar o planejamento de equipes.
Quais são as obrigações da empresa em relação às faltas abonadas?
A empresa tem o dever de cumprir o que a legislação determina sobre faltas abonadas, garantindo que os colaboradores que se enquadram nos requisitos estabelecidos não sejam prejudicados em termos de remuneração. Algumas obrigações que podem ser observadas:
- Definir e divulgar procedimentos internos
É indicado que a organização elabore políticas internas que detalhem quais documentos são necessários para comprovação de determinada situação. Por exemplo, atestados de óbito, certidão de casamento ou de nascimento, além de laudos médicos.
- Manter um controle de ponto atualizado
Controlar efetivamente a jornada é essencial para identificar ausências e verificar se as justificativas se encaixam nas previsões legais. Ferramentas tecnológicas podem auxiliar nesse processo de forma ágil.
- Estabelecer canais de comunicação claros
A comunicação transparente evita ruídos e esclarece dúvidas sobre prazos e documentos necessários para validar a falta abonada. E-mails, intranet ou plataformas internas podem ser úteis para centralizar essas informações.
- Sensibilidade ao bem-estar integral
Muitas vezes, a ausência abonada ocorre em momentos delicados, como o falecimento de um familiar. Entender a dimensão emocional dessas situações contribui para um ambiente de trabalho empático e produtivo.
Gestão adequada das faltas abonadas e a importância do bem-estar integral
Uma gestão eficiente das faltas abonadas não se limita a cumprir obrigações legais. Ela envolve também uma visão integral do bem-estar dos colaboradores. Abordar questões de saúde física, emocional, social e financeira pode diminuir não apenas o absenteísmo, mas também o chamado presenteísmo — quando o profissional comparece ao trabalho, mas não desempenha suas atividades de forma plena por problemas pessoais ou de saúde.
Para ilustrar, algumas ações de bem-estar integral incluem a oferta de acompanhamento psicológico, programas de educação financeira, incentivo à prática de atividades físicas e promoção de relacionamentos saudáveis no ambiente corporativo.
Esse tipo de abordagem amplia a percepção dos profissionais de que a organização se preocupa com o seu desenvolvimento humano completo, o que tende a gerar resultados positivos em clima organizacional e retenção de talentos.
Ferramentas para gestão de ausências e bem-estar
Existem plataformas focadas em apoiar a gestão de ausências e a implementação de programas de bem-estar integral. O Wellhub, por exemplo, oferece soluções que abrangem diferentes dimensões do bem-estar — físico, emocional, social e financeiro — de forma estratégica.
Ao integrar a gestão de ausências com iniciativas de saúde mental e qualidade de vida, a empresa pode melhorar a forma como lida com casos de falta abonada. Além disso, a utilização de dados e indicadores pode ajudar a identificar padrões de absenteísmo ou presenteísmo, permitindo ações preventivas e mais efetivas.
Outra vantagem é a possibilidade de personalizar programas internos de acordo com o perfil dos colaboradores, considerando que cada organização tem realidades diversas. Uma plataforma que unifica essas informações e oferece suporte imediato pode trazer resultados mais consistentes em longo prazo.
Notou como abonar falta não se resume apenas a cumprir a legislação trabalhista? Trata-se de uma prática que reflete a empatia e a responsabilidade da empresa em relação a momentos importantes na vida dos colaboradores. Afinal, situações como falecimento de entes queridos, casamento ou nascimento de filhos exigem acolhimento e sensibilidade.
Se você quer saber mais sobre como manter o bem-estar em sua organização, aproveite para aprofundar seu conhecimento sobre retenção de talentos e produtividade!
Se gostou do conteúdo e quiser investir em novas políticas de bem estar, entre em contato com um especialista do Wellhub para receber orientações personalizadas que auxiliem na implementação de um programa de bem-estar.

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