Bem-Estar Corporativo

Sintomas de burnout: como identificar e agir antes que o esgotamento afete sua equipe

Última alteração 24 de out. de 2025

Tempo de leitura: 7 minutos
Pessoa em pé, de frente para um vidro com post-its coloridos, segura um celular roxo e olha para a tela com atenção.

Imagine o seguinte cenário: um colaborador brilhante, motivado e cheio de ideias começa a faltar mais, perder prazos e se isolar. À primeira vista, pode parecer apenas cansaço. Mas por trás disso pode estar algo muito mais sério: o início do burnout.

De acordo com o Panorama do Bem-Estar Corporativo 2026, 9 em cada 10 profissionais no Brasil já sentem os efeitos do esgotamento, e 39% relatam sintomas semanais. Esse dado acende um alerta importante para qualquer líder que se preocupa com sua equipe.

Ilustração com o contorno de uma cabeça e uma chama no interior, acompanhada do texto “9 em cada 10 profissionais no Brasil já sentem os efeitos do esgotamento” e a legenda “Panorama do Bem-Estar Corporativo 2026 | Wellhub”.

Reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma síndrome ocupacional, o burnout nasce do estresse crônico e da sobrecarga emocional no trabalho. Ele corrói a energia e abala a saúde física e emocional dos colaboradores, afetando diretamente os resultados e a cultura da empresa.

O problema é que os sinais nem sempre são claros. Muitos profissionais continuam entregando, mesmo exaustos, tentando esconder o cansaço atrás da produtividade. É aí que o olhar atento da liderança faz toda a diferença. Identificar os primeiros sinais pode evitar afastamentos, rotatividade e a perda de talentos valiosos.

Líderes que escolhem agir cedo não apenas preservam o desempenho das equipes, eles cultivam ambientes onde o bem-estar é uma prioridade real.

Como identificar os sintomas de burnout

O burnout raramente surge de um dia para o outro. Ele se desenvolve lentamente, como uma chama que vai consumindo o colaborador aos poucos. No início, os sinais são sutis: falta de energia, irritabilidade, lapsos de memória e dificuldade para se concentrar. Com o tempo, esses sintomas se acumulam e começam a impactar o comportamento, a saúde e as relações no trabalho.

Nem todos manifestam os sinais da mesma forma. Alguns se tornam mais quietos e retraídos, enquanto outros passam a demonstrar impaciência, ansiedade ou apatia. Por isso, observar pequenas mudanças no comportamento é essencial.

Sinais de alerta que pedem atenção imediata:

  • Queda na produtividade e na qualidade das entregas.
  • Atrasos frequentes e esquecimento de tarefas.
  • Alterações de humor, como irritação constante.
  • Falta de motivação e engajamento.
  • Fadiga constante, mesmo após o descanso.
  • Isolamento e distanciamento emocional.

Esses comportamentos não devem ser vistos como falta de comprometimento, mas como um pedido silencioso de ajuda.

Segundo o Panorama 2026, 44% dos trabalhadores afirmam que o estresse e o sono ruim são os principais fatores que prejudicam sua saúde mental, e a fadiga emocional é o primeiro passo rumo ao esgotamento total.

Os sintomas de burnout mais comuns

Identificar o burnout exige atenção às três dimensões em que ele costuma aparecer: física, emocional e comportamental. Vamos a elas:

  1. Sintomas físicos

Infográfico com o título “Sintomas físicos do burnout” e cinco itens: 1. Fadiga e falta de energia; 2. Dores de cabeça, tensão muscular e insônia; 3. Problemas gastrointestinais; 4. Queda na imunidade; 5. Alterações de apetite e peso.

O corpo costuma ser o primeiro a emitir alertas.

  • Fadiga intensa e energia sempre baixa.
  • Dores de cabeça, tensão muscular e insônia.
  • Problemas gastrointestinais (azia, náusea).
  • Queda na imunidade.
  • Alterações de apetite e peso.

Esses sintomas muitas vezes são ignorados até que o corpo literalmente “obriga” o colaborador a parar. No relatório Panorama 2026, 51% dos profissionais dizem que a falta de tempo impede o autocuidado e a prática de atividades físicas, um fator que intensifica o risco de burnout.

  1. Sintomas emocionais

Infográfico com o título “Sintomas emocionais do burnout” e cinco itens: 1. Irritabilidade e explosões de humor; 2. Tristeza e sensação de fracasso; 3. Baixa autoestima e desmotivação; 4. Ansiedade e preocupação excessiva; 5. Cinismo e distanciamento afetivo.

O impacto emocional é profundo e silencioso.

  • Irritabilidade e explosões de humor.
  • Tristeza constante e sensação de fracasso.
  • Baixa autoestima e desmotivação.
  • Ansiedade e preocupação excessiva.
  • Cinismo e distanciamento afetivo.

Quando ignorados, esses sinais podem evoluir para quadros de depressão ou ansiedade generalizada.

  1. Sintomas comportamentais

Infográfico com o título “Sintomas comportamentais do burnout” e seis itens: 1. Afastamento do convívio social; 2. Redução da produtividade; 3. Falhas de concentração e esquecimento; 4. Atrasos, faltas ou licenças frequentes; 5. Resistência a feedbacks e mudanças; 6. Uso excessivo de cafés ou energéticos.

As mudanças de comportamento são as mais perceptíveis para os líderes.

  • Afastamento do convívio social.
  • Redução da produtividade.
  • Falhas de concentração e esquecimentos.
  • Atrasos, faltas ou pedidos frequentes de licença.
  • Resistência a feedbacks e mudanças.
  • Uso excessivo de café ou energéticos para manter o ritmo.

Esses sinais indicam que o colaborador não está apenas cansado — ele está sobrecarregado emocionalmente. É hora de agir com empatia e oferecer suporte.

Como prevenir recaídas e fortalecer o bem-estar a longo prazo

Identificar o problema é apenas o primeiro passo. O verdadeiro desafio é criar uma cultura que previna o burnout e apoie o bem-estar de forma contínua.

De acordo com o Panorama 2026, 86% dos profissionais consideram o bem-estar tão importante quanto o salário e 81% acreditam que a empresa tem a responsabilidade de ajudá-los a cuidar disso.

A seguir, os quatro pilares de uma estratégia de prevenção eficaz.

  1. Promova uma cultura de apoio psicológico

Falar sobre saúde mental ainda é um tabu em muitas empresas, mas isso precisa mudar. Criar espaços seguros para conversas e implementar canais de suporte psicológico estimula os colaboradores a buscar ajuda antes de atingir o limite.

Treine gestores para reconhecer sinais de exaustão e lidar com essas situações de forma humana. Lembre-se: o exemplo começa na liderança.

  1. Incentive o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal

O burnout se alimenta da ideia de produtividade constante. É fundamental normalizar as pausas e respeitar horários de descanso. Políticas de desconexão digital, home office flexível e incentivo a férias completas são práticas que demonstram confiança e respeito.

Líderes que equilibram a própria rotina inspiram suas equipes a fazer o mesmo, e esse é o tipo de liderança que retém talentos.

  1. Estimule o autoconhecimento e o autocuidado

Cada colaborador reage de forma diferente ao estresse. Incentive práticas que ajudem no equilíbrio emocional: mindfulness, journaling, terapia ou atividades físicas.

O Panorama 2026 mostra que 68% da Geração Z e 59% dos Millennials consideram a terapia essencial para o bem-estar, um sinal claro de que a nova geração espera das empresas espaços que acolham o cuidado psicológico como parte da jornada profissional.

  1. Estruture programas de bem-estar corporativo contínuos

Programas bem desenhados têm impacto direto na retenção e na performance. Eles devem oferecer:

  • Acesso a academias e estúdios parceiros.
  • Suporte psicológico e emocional.
  • Programas de alimentação saudável.
  • Incentivos à prática regular de exercícios e descanso.

Esses pilares restauram a energia e fortalecem o senso de pertencimento. 

Como acompanhar a recuperação e medir o progresso

Cuidar da saúde mental não é um projeto com data para acabar. É um processo contínuo. Para garantir que o apoio oferecido está realmente funcionando, acompanhe o progresso por meio de ações práticas.

  1. Pesquisas de clima e bem-estar

Ferramentas anônimas ajudam a entender como as pessoas se sentem. Perguntas sobre carga de trabalho, apoio da liderança e equilíbrio são essenciais para detectar padrões de risco.

  1. Conversas individuais frequentes

Reuniões one-on-one fortalecem a confiança. O objetivo não é fiscalizar, mas entender o que cada pessoa precisa para se sentir bem e produtiva.

  1. Indicadores de engajamento e produtividade saudável

Avalie dados como absenteísmo, turnover e satisfação interna. Melhorias nesses números indicam avanços reais.

  1. Planos de acompanhamento personalizados

Cada jornada é única. Em parceria com o RH e, se necessário, profissionais de saúde, crie planos adaptados a cada colaborador, com ajustes de carga horária, responsabilidades e acompanhamento psicológico.

Insight Wellhub: segundo o Panorama 2026, empresas que acompanham de perto o bem-estar dos times têm 30% mais chances de reter talentos de alto desempenho.

Como o Wellhub pode ajudar a combater o burnout nas empresas

Prevenir e tratar o burnout exige uma abordagem integrada: cuidar do corpo, da mente e das relações. É exatamente isso que o Wellhub oferece às organizações.

Com uma plataforma completa de bem-estar corporativo, o Wellhub conecta colaboradores a academias, estúdios, aplicativos, programas de mindfulness e suporte nutricional. São mais de 38 mil parceiros no Brasil e soluções flexíveis que se adaptam ao tamanho e às necessidades de cada empresa.

As vantagens são claras:

  • 35% de redução nos custos com saúde.
  • 43% de aumento na retenção.
  • Maior engajamento e produtividade.
  • ROI comprovado em programas de bem-estar corporativo.

Além disso, 95% dos colaboradores afirmam que melhorar um aspecto do bem-estar melhora todos os outros, reforçando que corpo, mente e relações estão interligados.

Com o apoio do Wellhub, líderes e RH podem transformar o bem-estar em parte da cultura da empresa, e não apenas em um benefício.

Transforme o cuidado em uma estratégia contra o burnout

O burnout é um sinal de alerta que pede ação — não apenas reconhecimento. A exaustão emocional e física se instala quando o bem-estar é tratado como um benefício extra, e não como parte da rotina de trabalho.

Para evitar recaídas e manter equipes saudáveis, é essencial criar uma cultura que incentive pausas, equilíbrio e apoio emocional contínuo.

Um programa de bem-estar estruturado ajuda a transformar esse compromisso em ação. Ele promove hábitos saudáveis, impulsiona o engajamento e fortalece o vínculo entre líderes e equipes. Quando o cuidado com as pessoas ocupa o centro da estratégia, o resultado é um ambiente mais produtivo, humano e sustentável.

Converse com um especialista do Wellhub para implementar um programa que previne o burnout e transforma o bem-estar em parte do dia a dia da sua empresa.

Com Wellhub, seus colaboradores fazem um check-in de bem-estar todos os dias

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Atividade física, mindfulness, terapia, nutrição e qualidade do sono em um único benefício

 

Referências


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Wellhub Editorial Team

A Equipe Editorial do Wellhub traz aos líderes de RH as informações necessárias para promover o bem-estar dos colaboradores. Em um cenário profissional em rápida evolução, nossas pesquisas, análises de tendências e guias práticos são ferramentas importantes para levar cada vez mais satisfação e saúde ao ambiente de trabalho.


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