Por que os CEOs têm apostado alto no bem-estar dos colaboradores
Última alteração 26 de jun. de 2025

O bem-estar é fundamental para a vida e para o trabalho. Pessoas saudáveis, negócios imbatíveis. Empresas que negligenciam o bem-estar dos colaboradores correm o risco de ficar para trás, porque a resiliência, a produtividade e a criatividade todas dependem da saúde.
Eu vivi isso na prática. Tendo crescido em uma cidade do interior no Brasil, bem-estar não era algo que planejávamos ou buscávamos. Simplesmente fazia parte do dia a dia. Os dias eram ensolarados, o ar era puro e nos movimentávamos muito sem qualquer esforço. Porém, depois de iniciar minha trajetória profissional, como analista, consultor e, mais tarde, executivo, percebi como é fácil descuidar do bem-estar. Muitas horas de trabalho, pressão o tempo todo e prazos a cumprir: o bem-estar logo passou a ser secundário, e eu paguei o preço.
Sentia na minha saúde, no meu desempenho e nos meus relacionamentos. E sabia que eu não era o único. Esta constatação foi a fagulha para a visão por trás do Wellhub: tornar o bem-estar acessível, especialmente para profissionais ocupados, com o apoio direto de suas empresas.
A liderança dá o tom. Os CEOs têm o poder único de fazer do bem-estar uma prioridade, tão essencial quanto previdência privada ou plano de saúde.
Hoje, tenho o orgulho de anunciar o mais recente estudo do Wellhub, o ROI do Bem-Estar 2025: a nova aposta dos CEOs. Fizemos uma pesquisa com mais de 1.500 executivos do mundo todo e descobrimos uma conexão muito importante entre o envolvimento dos CEOs e o sucesso de suas iniciativas de bem-estar. Os líderes que participam ativamente não apenas elevam o próprio bem-estar, mas inspiram investimentos maiores, garantem o engajamento dos colaboradores e promovem melhores resultados para a empresa como um todo.
A mensagem não poderia ser mais clara: quando os CEOs defendem o bem-estar, todos ganham.

Conclusão 1: os CEOs dizem que o bem-estar é essencial, mas os colaboradores não sentem isso
O que descobrimos: para a maioria dos líderes executivos, o bem-estar não é um assunto só do RH, é uma responsabilidade corporativa. Nossa pesquisa revela:
- 58% dos CEOs concordam plenamente que o bem-estar é fundamental para o sucesso financeiro.
- 60% concordam plenamente que o bem-estar dos colaboradores é responsabilidade da empresa.
- 74% dizem que os melhores talentos apenas pensariam em trabalhar para suas empresas se elas demonstrassem claro comprometimento com o bem-estar.
No entanto, há uma grande desigualdade entre o que os CEOs dizem e o que os colaboradores de fato percebem:
- 98% dos CEOs dizem que seu bem-estar melhorou no último ano, mas apenas 50% dos colaboradores fazem a mesma afirmação.
Moral da história: essa disparidade representa um risco real para o desempenho, o engajamento e a retenção de colaboradores. É vital que os líderes de RH aproximem essa distância e alinhem as intenções das lideranças à realidade dos colaboradores, desenvolvendo programas de bem-estar inclusivos, acessíveis e que verdadeiramente atendam às necessidades das pessoas.
Conclusão 2: os CEOs notam o verdadeiro ROI do bem-estar
O que descobrimos: os dados são o que fazem as iniciativas de bem-estar deixarem de ser ideias e se transformarem em prioridades estratégicas. Os CEOs veem claramente o impacto financeiro positivo de investir em bem-estar:
- 88% dizem ter ROI positivo de seus programas.
Isso ocorre porque:
- 47% dizem que eles têm extremo impacto na produtividade da força de trabalho.
- 73% relatam aumento nas taxas de retenção.
- 67% notam menor absenteísmo.
Moral da história: bem-estar não só interesse do RH, é interesse de empresas fortes. Os CEOs investem em bem-estar porque gera benefícios quantificáveis e tangíveis para toda a empresa.
Conclusão 3: os CEOs que se destacam são os que investem e vivenciam o bem-estar na prática
O que descobrimos: os melhores programas de bem-estar começam no topo. Os CEOs que pessoalmente participam de atividades de bem-estar sentem na pele os benefícios e é muito mais provável que apoiem e invistam em seus programas:
- É duas vezes mais provável que líderes que têm altos níveis de bem-estar aumentem os orçamentos para essas iniciativas.
Além disso, os CEOs que ativamente participam têm benefícios substanciais:
- Os que usam diariamente os programas de bem-estar da empresa relatam ganhos significativos em todas as dimensões, ou seja, saúde física, mental, alimentação e qualidade do sono.
Ainda assim, há uma disparidade entre a experiência dos executivos e a dos colaboradores, impulsionada por barreiras como falta de flexibilidade de horários e restrição de acesso aos programas.
Moral da história: os líderes de RH estão diante de uma imensa oportunidade de envolver seus CEOs em seus programas de bem-estar para que melhorem suas próprias rotinas e se tornem promotores da adoção em toda a empresa, aproximando distâncias e elevando o bem-estar de todos os colaboradores.
Conclusão 4: o RH precisa transformar o ceticismo em estratégia
O que descobrimos: mesmo os CEOs que verdadeiramente valorizam o bem-estar têm ressalvas sobre a eficácia, o ROI e o engajamento dos colaboradores:
- 30% deles dizem que o engajamento dos colaboradores no programa é sua principal objeção para investir, sendo esta a maior preocupação do C-Level no geral.
- Os CEOs precisam ver ROI claro para justificar seus investimentos.
Os líderes de RH que querem sair à frente são proativos e contornam essas objeções:
- Com dados sólidos sobre a demanda dos colaboradores e o impacto das iniciativas.
- Demonstrando resultados tangíveis por meio de programas-piloto.
- Através de relatórios regulares do impacto que destacam os principais resultados para a empresa.
Quando o impacto do programa de bem-estar é comunicado com clareza e frequência, os CEOs investem significativamente mais:
- 58% dos que recebem atualizações mensais sobre o programa aumentaram a verba destinada ao bem-estar no ano passado.
Moral da história: demonstrar resultados de forma consistente e estratégia é fundamental para transformar a crença do CEO em compromisso de investimento.
Conclusão 5: o futuro do bem-estar é a personalização, o mindfulness e a flexibilidade
O que descobrimos: as iniciativas de bem-estar evoluem rápido e estão cada vez mais personalizáveis e tecnológicas:
- Quase metade dos CEOs planejam investir mais em saúde mental.
- 41% acreditam que a personalização das ofertas de bem-estar é fundamental.
- Mais da metade deles identificam a flexibilidade como o segredo do sucesso das iniciativas.
Moral da história: o futuro dos programas eficientes de bem-estar é a possibilidade de personalizar, adaptar e integrar-se às rotinas dos colaboradores.
Líderes melhores, empresas melhores
Como CEOs e líderes de RH, compartilhamos uma responsabilidade vital: priorizar o bem-estar. Quando os líderes genuinamente adotam o bem-estar, a empresa prospera.
Compreendo a hesitação e as ressalvas mais comuns, mas também sou testemunha de que o investimento inteligente em bem-estar pode transformar o sucesso, a cultura e o desempenho de uma empresa.
O futuro pertence às empresas que reconhecem que seus colaboradores são seu patrimônio mais valioso, e sabem investir neles. Essa transformação começa com a liderança. Ela começa conosco.
Para conferir ainda mais dados, estratégias e ações práticas, acesse o ROI do Bem-Estar 2025: la visão dos CEOs.

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Cesar Carvalho é CEO e cofundador do Wellhub. Da sede do Wellhub em Nova Iorque, Cesar supervisiona operações globais e implementa as principais estratégias da empresa. Cesar trabalhou em empresas como CVC, McKinsey & Company e AC Nielsen.
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