Quer melhorar os resultados da sua empresa? Comece pelo bem-estar dos colaboradores
Por Livia Martini (Chief People Officer, Wellhub) e Bruno Annicq (Chief Financial Officer, Wellhub)
Como CPO e CFO do Wellhub, nossos objetivos sempre foram antagônicos: um quer gastar e o outro quer economizar.
Nós, entretanto, deixamos essa abordagem onde ela deve estar — no passado. Aqui no Wellhub, sabemos que nossas metas e métodos estão diretamente alinhados. Investir no bem-estar da nossa gente melhora a saúde do negócio. Porque, percebendo isso ou não, toda empresa depende do bem-estar. É impossível ficar à frente da concorrência sem uma força de trabalho saudável, engajada e produtiva.
Por isso, a melhor maneira de fazer sua empresa crescer é, antes de mais nada, cuidar das suas equipes, não das suas planilhas e apresentações. Com muita frequência, prestamos mais atenção aos resultados e nos esquecemos dos colaboradores que, no final das contas, geram esses resultados. Quando têm real qualidade de vida, eles trazem melhores resultados porque o bem-estar é rentável. Bem-estar para colaboradores não é uma despesa: é um investimento estratégico no desempenho da empresa, e nós podemos provar.
Mas você não precisa só acreditar na nossa palavra. Fizemos uma pesquisa com mais de 2 mil líderes de RH de empresas de nove países diferentes sobre o impacto de suas iniciativas de bem-estar para a segunda edição do nosso estudo anual, o ROI do Bem-Estar, lançada hoje.
Veja o que descobrimos e o que esses resultados nos dizem sobre utilizar o bem-estar como uma vantagem competitiva.
Descoberta 1: Bem-estar pode turbinar os resultados da empresa
O bem-estar dos colaboradores é um catalisador poderoso para qualquer empresa que queira melhorar o desempenho. Investir no bem-estar da força de trabalho é investir no desempenho da empresa.
O que descobrimos:
- 95% das empresas têm um retorno positivo do seu programa de bem-estar, em comparação a 90% no ano passado.
- 56% das empresas têm retorno superior a R$ 2 para cada R$ 1 investido no programa de bem-estar
Conclusão:
Investir no bem-estar dos colaboradores é investir na saúde financeira da sua empresa.
Descoberta 2: Programas de bem-estar resolvem problemas do negócio
Como um canivete suíço, eles servem para tudo, de aumentar a produtividade a trazer economia com custos de saúde, de melhorar a aquisição de talentos a reduzir as despesas dos próprios colaboradores com bem-estar. Ajudam a reduzir a taxa de rotatividade, aumentam a satisfação e diminuem as faltas por motivo de saúde.
O que descobrimos:
- 91% dos líderes de RH perceberam economia nos custos de saúde graças ao programa de bem-estar, em comparação a 78% em 2023.
- 89% dos líderes de RH afirmam que os colaboradores faltam menos por questões médicas por conta do programa de bem-estar, em comparação a 85% no ano passado.
- 98% dos líderes de RH dizem que o programa de bem-estar reduz a rotatividade.
- 97% dos líderes de RH dizem que iniciativas de bem-estar melhoram a atração de talentos.
Conclusão:
Programas de bem-estar são mais que exercícios para se sentir bem; eles impulsionam resultados quantificáveis para o negócio.
Descoberta 3: O engajamento dos colaboradores de todos os níveis é crucial para maximizar o ROI do programa
Quanto mais colaboradores utilizarem o programa, maior será o ROI. É essencial que os executivos deem o exemplo para aumentar esse retorno, pois a participação dos colaboradores em um programa é o reflexo da participação de seus líderes.
O que descobrimos:
- 97% dos líderes de RH dizem que aumentando a participação nos programas de bem-estar, também aumenta o retorno sobre o investimento.
- Os 5% das empresas com ROI negativo de seus programas de bem-estar têm as menores taxas de engajamento com os programas.
- Quanto mais alto o engajamento da liderança executiva, maior o engajamento dos colaboradores.
- Quanto mais alto o engajamento dos colaboradores, maior o retorno dos programas de bem-estar.
Conclusão:
É fundamental que os líderes de RH cultivem uma cultura do bem-estar na empresa que promova com frequência e publicamente os benefícios do bem-estar.
Inspiração na prática:
Nós dois fazemos o que falamos: o bem-estar faz parte das nossas rotinas pessoais e das nossas equipes para que todos saibam que é uma prioridade. A Lívia, por exemplo, usa os parceiros do Wellhub em atividades de team building, enquanto o Bruno reserva tempo para a família em sua agenda. Essas duas ações servem como modelo de prioridade ao bem-estar e estimulam que todos os departamentos da empresa façam o mesmo.
Descoberta 4: Planos direcionados ao bem-estar integral trazem retorno maior
Quanto mais holístico é o seu programa de bem-estar, maior a chance de trazer retorno financeiro positivo.
O que descobrimos:
- As empresas com um ROI entre 0% e 50% oferecem, em média, recursos para três áreas do bem-estar. Por outro lado, aquelas com um ROI entre 151% e 200% oferecem, em média, recursos para seis dimensões do bem-estar.
- Os 5% das empresas com ROI negativo de seus programas de bem-estar têm os programas menos holísticos.
Conclusão:
É indispensável oferecer variedade em recursos para ter taxas de engajamento dos colaboradores que tragam o máximo de retorno dos programas de bem-estar.
Por conta do poder transformador do bem-estar integral, Gympass agora é Wellhub. Quando a empresa foi fundada, em 2012, nosso foco estava todo no bem-estar físico. Éramos, afinal de contas, literalmente um passe para academias.
Desde então, entendemos mais a fundo o real significado de bem-estar. Para que as pessoas se sintam bem de verdade, precisamos oferecer apoio a todas as áreas do bem-estar. Assim, nossa missão ganhou outra dimensão: de ajudar as pessoas a encontrarem formas de se movimentar para ajudá-las a ter, em essência, melhor qualidade de vida. E isso vai muito além de correr na esteira — requer fazer de toda empresa uma empresa de bem-estar.
Se você puder extrair um único aprendizado deste relatório, esperamos que seja este: investir em bem-estar é definitivamente um benefício para todos. Nossas equipes de gente e de finanças não estão em lados opostos dessa discussão porque bem-estar não é uma despesa, é um investimento. Quando seus colaboradores prosperam, sua empresa prospera — não é uma escolha, é uma consequência.
Livia Martini Bruno Annicq
Chief People Officer - Wellhub Chief Financial Officer - Wellhub
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