Como maximizar o impacto do seu pacote de benefícios para colaboradores
Os dias em que apenas o salário era o suficiente para manter um colaborador engajado e produtivo ficaram no passado. A força de trabalho de hoje em dia busca um pacote de benefícios que atenda a todas as suas necessidades e aspirações, e isso vai muito além de um salário competitivo e plano de saúde.
Por outro lado, sabemos que os orçamentos dos RHs não são infinitos. Oferecer um pacote competitivo de benefícios foi o maior desafio em 2023, de acordo com 45% das empresas de todos os portes. Ao mesmo tempo, os custos para oferecer esses benefícios e atender a essas demandas estão cada vez mais altos, bem como as expectativas dos colaboradores e a diversidade da força de trabalho.
Como Chief People Officer do Wellhub, conheço bem esse desafio. Afinal de contas, nós fazemos o que fazemos porque nos preocupamos de verdade com o que os nossos talentos sentem para que consigam dar o seu melhor. Porém, em uma realidade em que os limites dos orçamentos são reais, precisamos fazer valer cada centavo investido em benefícios.
Pensando nisso, o Wellhub conduziu uma pesquisa global com mais de 5 mil colaboradores para identificar o que eles esperam dos seus pacotes de benefícios. Descobrimos onde as empresas deixam a desejar e como podem atender melhor às expectativas de suas equipes. Todas essas informações você encontra no estudo Panorama do Bem-Estar Corporativo 2025, que lançamos hoje.
Confira o que descobrimos e acerte na estratégia e no mix de benefícios para que o seu departamento contribua com a empresa da melhor forma possível.
Conclusão 1: os colaboradores esperam que as empresas promovam o bem-estar da força de trabalho
Eles buscam uma cultura corporativa e um pacote de benefícios que ofereça apoio ao bem-estar. Essa demanda contundente por bem-estar pessoal indica que um salário competitivo por si só não será suficiente para atrair os melhores talentos. As empresas precisam cumprir as promessas de qualidade de vida feitas durante o recrutamento ou correm o risco de logo verem os colaboradores buscando oportunidades em outros lugares.
O que descobrimos:
- 83% das pessoas sairiam de uma empresa que não prioriza o bem-estar.
- 85% acreditam que a empresa tem a responsabilidade de ajudar a cuidar do seu bem-estar.
- 88% dos colaboradores afirmam que o bem-estar no trabalho é tão importante quanto o salário.
- 89%, na busca por um emprego, só levariam em conta empresas que claramente promovem o bem-estar dos colaboradores.
Moral da história: você precisa atender a essas expectativas se quer que alguém além da IA trabalhe na sua empresa. As empresas que não corresponderem às necessidades dos colaboradores vão pagar o preço em altos custos de recrutamento e substituição de colaboradores.
Conclusão 2: os colaboradores não estão nada bem
Existe uma disparidade marcante entre a autopercepção de bem-estar pelos colaboradores e a realidade abaixo da superfície. Embora 63% dos colaboradores relatem com confiança que seu bem-estar é “bom” ou “ótimo”, os números por trás dessa avaliação contam uma história bem diferente.
O que descobrimos:
- Atividade física: apenas 54% das pessoas dizem estar em boa forma.
- Bem-estar mental: quase metade (47%) alega que o estresse do trabalho faz mal à saúde mental.
- Nutrição: apenas 40% dos participantes disseram que sua dieta é saudável ou extremamente saudável.
- Sono: alarmantes 71% dos profissionais relatam que dormem menos do que as sete horas recomendadas por noite.
- Finanças: 68% dizem que sua situação financeira os impede de investir na saúde.
Moral da história: as empresas estão deixando a desejar frente às expectativas dos colaboradores, um sinal de que o bem-estar deve se tornar uma prioridade para os gestores de RH e suas organizações.
Conclusão 3: a demanda por bem-estar é cada vez maior
Toda a força de trabalho pede mais apoio das empresas em alto e bom som, e a demanda por bem-estar fica cada vez mais evidente. Os Millennials, que compõem a maior parte da força de trabalho, e a Geração Z, a maior geração do mundo, são ainda mais exigentes em relação ao bem-estar do que as gerações anteriores.
O que descobrimos:
Em comparação à Geração X ou aos Baby Boomers, as pessoas da Geração Z e Millennials afirmam em maior número que:
- O bem-estar é tão importante quanto o salário.
- Sairiam de uma empresa que não prioriza o bem-estar dos colaboradores
- Só trabalhariam em empresas que claramente apoiam o bem-estar.
Moral da história: como essas duas gerações logo dominarão a força de trabalho, é crucial que o RH atenda às expectativas dos colaboradores em relação ao bem-estar.
Conclusão 4: a sua empresa pode elevar o bem-estar dos colaboradores
Não é só uma questão de benevolência: os colaboradores querem benefícios de bem-estar porque eles, de fato, melhoram a qualidade de vida. Quando eles podem contar com as iniciativas oferecidas pela empresa, o bem-estar geral melhora.
O que descobrimos:
Os colaboradores que contam com programas de bem-estar apresentam níveis mais elevados de bem-estar do que aqueles sem acesso a eles, e são mais propensos a afirmar que seu bem-estar melhorou no último ano.
Eles também são mais propensos a relatar melhorias no:
- Bem-estar geral (69% das pessoas que têm um programa de bem-estar contra 53% da que não têm).
- Bem-estar mental (63% contra 48%)
- Bem-estar físico (60% contra 45%)
- Saúde nutricional (47% contra 29%)
- Saúde física (47% contra 27%)
- Qualidade do sono (39% contra 21%)
Moral da história: oferecer um programa de bem-estar é uma vantagem competitiva clara, pois o bem-estar dos colaboradores está diretamente ligado à produtividade e ao desempenho.
Benefícios melhores, empresa mais saudável
Priorizar o bem-estar dos colaboradores cria um ambiente de trabalho sustentável que atrai e retém talentos de todas as idades. A força de trabalho evoluiu, e nossa forma de enxergar o bem-estar também deve: é uma necessidade universal e um dos principais fatores para o sucesso de uma empresa.
Felizmente, um reforço nos seus benefícios de bem-estar para atender a essas expectativas não é um esforço que vai limitar ainda mais seu orçamento. Na verdade, pode ser que ele até aumente, pois a maioria das empresas vê um retorno de pelo menos R$2 para cada R$1 investido no programa de bem-estar para colaboradores.
Por isso, a missão do Wellhub é fazer de toda empresa uma empresa de bem-estar. Sabemos que priorizar o bem-estar da sua equipe não é apenas um ato de bondade — também é uma atitude inteligente para os negócios.
Para informações mais detalhadas e estratégias para implementar programas de bem-estar que cumprem o que prometem, acesse o Panorama do Bem-Estar Corporativo 2025 na íntegra hoje mesmo.
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Livia Martini é Chief People Officer do Wellhub. Está na empresa desde 2017, onde começou como Head of International Operations. Em seu atual cargo como CPO, ela está à frente de uma equipe global de mais de 1.800 colaboradores em 11 países, e conta com sua vasta experiência em gestão de pessoas e operações financeiras. Sempre foi apaixonada por tênis e, mais recentemente, descobriu a corrida e o ciclismo.